domingo, 19 de novembro de 2017

PROVA OPERATÓRIA

Ao aplicar uma das provas operatórias de Piaget sobre a conservação do número com um aluno do 1º ano do Ensino Fundamental, incialmente pensamos ser uma questão óbvia, que a criança responderá facilmente aos questionamentos feitos sobre as quantidades. Num primeiro momento, quando foi feita a relação ficha a ficha, com a mesma quantidade e a mesma distância entre elas, a criança nos disse que havia a mesma quantidade. Após, quando espaçamos uma das tiras de fichas, a criança nos disse que havia maior quantidade nas fichas espaçadas. A única pergunta que fizemos foi: como é que você sabe? Mas a nossa vontade era dizer: mas nós não colocamos mais nenhuma ficha, mas sabemos que isso seria orientar a resposta do sujeito e é um dos principais erros cometidos durante a aplicação da prova.
Adorei a experiência da aplicação que fiz junto com minha colega Rosângela. A orientação que nos foi passada era de aplicar a uma criança, mas nós não nos conformamos e aplicamos com mais três!

domingo, 5 de novembro de 2017

TGD
Em 2012 trabalhei por um mês e meio com uma criança com TGD.  O que me marcou e que fiz associação ao que vimos em aula foi a rotina. Todo dia, quando entrávamos na sala, juntos escrevíamos o que aconteceria durante a tarde (o aluno dominava a leitura).
No início gera uma ansiedade, parecendo que não vamos conseguir lidar com isso. Porém, mais do que métodos e técnicas, foi importante conhecer este aluno.
Quando ele não gostava de alguma coisa, saia da sala gritando e deslocando-se até o pátio. Dava-lhe um tempo e mandava um colega buscá-lo.
Ele não gostava de ambiente com muito barulho. A concentração de crianças no ginásio deixava-o inquieto, então ele tampava seus ouvidos, às vezes querendo ficar, outras querendo sair.
Conhecer esta criança e o seu comportamento fez com que eu me tranquilizasse e criasse estratégias para atender as suas especificidades. 
TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO – TGD

Muito interessante os vídeos sobre TGD (transtornos globais do desenvolvimento) que assistimos na interdisciplina de Educação de Pessoas com necessidades especiais. Muitas vezes nós, professores, nos vemos despreparados diante de um aluno com necessidade especial, seja deficiência intelectual, seja TGD, ou qualquer outro.
O vídeo me assegurou uma coisa que eu sempre defendi: cada criança é única. E seja qualquer criança, não há técnica, não há “receita” que abranja todas. Por isso é importante conhecer este aluno com TGD, observá-lo, trocar informações com a família e com outros profissionais e pensar na melhor abordagem pedagógica a fim de que a criança se beneficie com os mesmos objetivos oferecidos às outras crianças.
O que seria a abordagem pedagógica? É um planejamento que prevê estratégias especiais visando o desenvolvimento da criança e o atendimento às suas especificidades.
O vídeo ressalta a importância de:
- conhecer os rituais de comportamento deste aluno;
- estabelecer rotinas e de anunciá-las previamente a fim de que ele se ajuste mais facilmente às mudanças;
- usar o interesse do aluno para fazer a aproximação;
- utilizar o colega como fonte de aprendizagem, já que a criança media muito melhor o processo de aprendizagem;
- ter um ambiente familiar na escola, onde todas as pessoas que irão trabalhar com este aluno estejam preparadas para recebê-lo;
 - manter a localização da sala de aula longe de locais com muito barulho para que não afete a aprendizagem e o comportamento deste aluno;
- ter um ambiente facilitador na sala de aula usando recursos de memória como apoio visual, exposição de atividades na sala, rotina da semana, cartazes referentes aos conteúdos trabalhados.
- oferecer exercícios com enunciados curtos;
- fazer perguntas que orientem o raciocínio;
- fazer demonstrações;
- utilizar objetos e jogos manipuláveis;
- utilizar recursos visuais; entre tantas outras coisas.
O crescimento de uma criança é o resultado das experiências que ela tem no seu grupo social ou com outros grupos com os quais convive. Importante o papel do professor, agindo com sensibilidade e observação atenta a fim de propiciar situações de desenvolvimento e estratégias de aprendizagem com planejamento.