quinta-feira, 30 de junho de 2016

BRINCANDO COM ADOLESCENTES E ADULTOS

Para espantar o frio, em duas das turmas do ensino médio para as quais leciono, apliquei duas brincadeiras descritas aqui no portfólio:

    1)    Ritmo, memória e coordenação
    2)    Eu gosto de você porque...

Inicialmente, pensei que não iriam gostar por se acharem “grandinhos demais para brincar”. Mas eu me surpreendi. Todos participaram e queriam continuar. Rimos muito. Em uma destas turmas entrei no dia seguinte e fui surpreendida com a pergunta de um aluno que, inclusive, é maior de idade: “profe, vamos brincar novamente”? E brincamos! As duas brincadeiras descontraíram as turmas e criou um vínculo ainda maior entre os participantes.
As brincadeiras estão disponíveis em:

domingo, 19 de junho de 2016

TRECHO DO FILME/DOCUMENTÁRIO “SOU SURDA E NÃO SABIA”.

A moça da imagem é Sandrine, que relata sua própria história no documentário. 

 Fonte da imagem: http://1001nuccias.blogspot.com.br/2015/04/resenha-filmedocumentario-sou-surda-e.html
TAREFA SOBRE O FILME SOU SURDA E NÃO SABIA

Em uma das tarefas da disciplina de LIBRAS a proposta foi assistir ao filme “Sou surda e não sabia”, disponível em < https://www.youtube.com/watch?v=PymXMyz3nSk>.
No filme, a personagem Sandrine relata a sua própria história, dizendo que por anos não sabia que era surda de nascença. Seus pais eram ouvintes e achavam que a fala era o instrumento mais necessário. Matricularam-na em uma escola regular, mas Sandrine não entendia como seus colegas conseguiam compreender o que a professora estava tentando passar.
O fato de Sandrine ser surda a tornava praticamente invisível para sua família. Seus pais tentaram torna-la ouvinte com a colocação de aparelhos auditivos, já que achavam que a falta de audição implica na ideia de que tem que seguir a norma, ser igual aos outros. Sandrine relata que, quando os aparelhos foram ligados, a sensação foi de um golpe, parecia que seu cérebro estava recebendo um choque e que seu corpo estava se quebrando como vidro. Ela ouvia barulhos, mas não os compreendia. Sabia que nunca ouviria como os ouvintes, ou seja, com os aparelhos não mudaria nada.
            O filme reforça a ideia de que os surdos possuem memória visual, olfativa e tátil não dependendo apenas do veículo sonoro. Sandrine coloca que não ouvia que sua mãe estava se aproximando, mas sabia reconhecer que ela estava próxima pelo seu cheiro. Também sabia reconhecer o toque de suas mãos.
Assim como o professor nos disse em aula, a LIBRAS foi reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a partir de 2002. No filme, Sandrine coloca que a língua de sinais foi proibida por quase dois séculos.
Na lei Nº 10.436, de 24 de abril de 2002, aparece o termo “portadores de deficiência auditiva”, mas quem classifica os surdos como deficientes é a sociedade ouvinte. No filme, em um determinado momento, coloca-se que o termo deficiente auditivo não deve ser uma identidade. A gente não identifica as pessoas como deficiente ouvinte, deficiente mulher, deficiente loira.
A legislação garante a ideia de que a LIBRAS constitui um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil. Com isso, pude fazer relação com um trecho do filme: “o bilinguismo possibilita ao indivíduo se expressar através de uma primeira língua que corresponde ao seu processo de apreensão do mundo que é visual. Também permite transitar entre duas línguas, passar de uma cultura a outra, distanciar-se de si mesmo e ter acesso ao que pertence à cultura geral, da escola, da sociedade, das famílias através do livro e da escrita. Isso abre novas possibilidades para as crianças surdas, para os ouvintes filhos de surdos e até mesmo para as crianças ouvintes”.

Quero concluir com uma citação de Sandrine “os obstáculos que os surdos enfrentam vem dos preconceitos dos ouvintes que lhes chamam de incapazes”.
Fonte da imagem: https://marciliarinaldespsicopedagoga.wordpress.com/2015/01/16/sou-surda-e-nao-sabia-comentarios-resenha/

sábado, 4 de junho de 2016

BRINCAR – algumas considerações


Para levar a infância a sério                      

As crianças não brincam de brincar. Brincam de verdade...
Triste de quem não conserva nenhum vestígio da infância...
Vocês já repararam no olhar de uma criança quando interroga? A vida, a irrequieta inteligência que ela tem? Pois bem, você lhe dá uma resposta instantânea, definitiva, única – e verá pelos olhos dela que baixou vários risquinhos na sua consideração.
A criança que brinca e o poeta que faz um poema – estão ambos na mesma idade mágica!
[...]
Nunca se deve tirar o brinquedo de uma criança, tenha ela oito ou oitenta anos.
Não importa o enredo das histórias: o que vale é o êxtase de quem as escuta. Por isso é que as crianças gostam mesmo de ouvir sempre as mesmas histórias, como se fosse da primeira vez.
Só deveria haver escolas para meninos-poetas, onde cada um estudasse com todo gosto e vontade o que traz na cabeça e não o que está escrito nos manuais.
[...]
(Trecho do poema do livro "Para viver com poesia" - Mário Quintana)

Pude destacar a partir do texto  “O jogo no cotidiano da escola”, de Darli Collares, as seguintes considerações:
v  É importante permanecer na aprendizagem a dúvida, a inquietação e o prazer para que a aula não se torne um local de desinteresse.
v  A aprendizagem deve ser um jogo prazeroso, mas, na maioria das vezes, “nega-se a inquietação, móvel da pesquisa, por uma antecipação da informação que levará o aluno a acertar”.
v  É por meio do jogo que expressam as angústias, se busca satisfação e se entra em contato com os outros.
v  Brincar desenvolve a tolerância e a frustração.
v  Para se construir um saber devemos “jogar” com a informação como se fosse certa e como se não fosse certa.
v  A própria aula, especialmente na educação infantil, deve ser o espaço do jogo, expandindo para outros ambientes como laboratórios de informática.
v  Muitas vezes nos queixamos de que as crianças não sabem trabalhar em grupo. Mas, como vão aprender a trabalhar em grupo se nunca oportunizamos estes momentos? “Trabalha-se em grupo para se aprender a jogar em grupo. Joga-se para se aprender a jogar”.
v  O jogo é sério? Sim, pois promove o desenvolvimento, integração a cultura.

v  Jogar não é tempo perdido. Jogar é fundamental para o desenvolvimento das pessoas. Jogar é se divertir, criar, fazer, buscar, investigar, evoluir, crescer. 
LIBRAS - meu nome 

Meu nome é Paula.

Fonte da imagem: <https://www.youtube.com/watch?v=Jw6lKkWVUsg> Acesso em: 04/06/2016

quinta-feira, 2 de junho de 2016

PROJETOS DE APRENDIZAGEM NA SALA DE AULA

Na aula online de Seminário Integrador III fomos desafiadas a escrever uma pequena reflexão a partir das leituras propostas sobre o tema “Projetos de Aprendizagem na Sala de Aula”. Eu e minhas duas colegas, Serlei e Rosângela, em síntese, escrevemos a reflexão abaixo:

Ao ler os textos sobre os projetos de aprendizagem podemos perceber que são completamente diferente da ideia e da prática que temos de trabalhar por projetos. É um aprendizado a ser construído tanto por nós, professores como pelos alunos que não estão acostumados a perguntar e terão que sair de sua zona de conforto e buscar suas respostas.
Quando pensamos em projeto pensamos em buscar atividades para aplicar previamente elaboradas, mas não construídas coletivamente com os alunos. Trabalhar com projetos de aprendizagem possibilita o desenvolvimento da autonomia do aluno.
Pedro Demo coloca que pesquisa tem um lado ligado ao aprender bem. O aluno que pesquisa aprende melhor. As perguntas são o resultado da nossa curiosidade.
Com o projeto de aprendizagem você trabalha com problematização, pesquisa e reflexão dos resultados alcançados, e leva o professor junto com os alunos a experiencias diversas.
Sem dúvida esse tipo de projeto colabora para construir sujeitos mais autônomos, críticos  e que não engolem qualquer resposta.
O fato do professor permitir-se trabalhar com projetos de aprendizagem é ter a coragem de assumir uma nova metodologia de trabalho, uma nova forma de ensinar.

Os TICS são uma ferramenta que pode tonar esses projetos mais dinâmicos e, ao mesmo tempo, mais desafiadores.