terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Ratio Studiorum - o método pedagógico dos jesuítas

O Ratio Studiorum era um conjunto de normas criado a fim de definir as metodologias de ensino, as atividades e os métodos de avaliação nos colégios jesuíticos. Esse manual começou a ser elaborado em 1551. Sua última versão foi em 1599 e prevaleceu até a extinção da Companhia de Jesus, em 1773.
Este conjunto de normas dividia-se em 30 capítulos, abrangendo todas as atividades dos agentes envolvidos ao ensino, contendo ao todo, 467 regras. Nele estão contidas as regras do provincial, as regras do reitor, as regras do prefeito de estudos superiores, regras comuns a todos os professores das faculdades superiores, regras particulares dos professores das faculdades superiores, regras dos professores da faculdade de Filosofia, regras do prefeito de estudos inferiores, regras dos exames escritos, normas para a distribuição de prêmios, regras comuns aos professores das classes inferiores, regras particulares dos professores das classes inferiores, regras dos estudantes da Companhia, regras dos que repetem a teologia, regras do bedel, regras dos estudantes externos, regras das academias, regras do prefeito da academia dos teólogos e filósofos, regras das academia de retórica e humanidades, regras da academia dos gramáticos.
Além de apresentar todas estas regras e normas, o Ratio Studiorum trazia os níveis de ensino e as disciplinas que os alunos deveriam cumprir. Os níveis de ensino se classificavam em humanidades, Filosofia e Teologia. Segundo esse manual, o estudo era ministrado em cinco horas diárias, uma parte pela manhã e o restante a tarde.
A pedagogia estava baseada no Evangelho com a finalidade de formar homens católicos, de caráter, digno membro de família e profissionais capacitados. Os padres jesuítas não eram a favor dos castigos físicos, mas estes eram aplicados em casos muito graves, quando as palavras não conseguiam resolver o conflito. Ou seja, o castigo físico era um último recurso.
Em relação ao trabalho do professor, este era sempre ajudado por um aluno escolhido por se destacar nos estudos, os quais eram chamados de “decuriões”. A tarefa dos decuriões baseava-se em ajudar na organização dos grupos, controle da disciplina, correção das lições, entre outros. O Ratio Studiorum, na época, criou um novo estilo de educar.

REFERÊNCIA

TOYSHIMA, A.M. da S; Montagnoli, G.A; Costa, C.J. Algumas considerações sobre o Ratio Studiorum e a organização da educação nos colégios jesuíticos. Disponível em <http://www.uel.br/grupo-estudo/processoscivilizadores/portugues/sitesanais/anais14/arquivos/textos/Comunicacao_Oral/Trabalhos_Completos/Ana_Toyshima_e_Gilmar_Montagnoli_e_Celio_Costa.pdf> Acesso em: 14/12/2015.

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