quarta-feira, 10 de maio de 2017

CERTEZA PROVISÓRIA?

Ontem eu estava colocando em prática mais uma meta do projeto pedagógico em ação com meus alunos do 2º ano do ensino médio. Primeiramente usei alguns slides disponibilizados pela profe na interdisciplina. Então os alunos começaram a construir um mapa com as certezas provisórias e dúvidas temporárias, de acordo com o assunto que desejam saber mais. A aula com a profe Liliana nos ajudou a ter mais clareza sobre o trabalho pois, por exemplo, eu fiquei um tanto assustada quando, na primeira vez, os alunos colocavam que pouco ou nada sabiam sobre o assunto de interesse. Ontem, antes de cada grupo realizar o seu levantamento, fiz um exemplo com o assunto de um dos grupos. E então eles perceberam que tinham muitas certezas provisórias sobre o assunto, isto é, conhecimento prévio. Depois, eles deveriam descrever aquilo que ainda não conhecem sobre o assunto: as dúvidas temporárias.  O que mais me chamou a atenção em alguns grupos foi que eles tinham informações sobre o assunto mas tinham medo de escrever pois não sabiam se era verdade e me perguntavam. Minha conclusão: muitas vezes, nós, professores, temos a mania de querer responder aquilo que o aluno pergunta, sem dar a ele a chance de que descubra a verdade a sua maneira ou fazendo uma pesquisa, por exemplo. Uma aluna me perguntou: profe, é verdade que usamos só 10% do nosso cérebro? Ela queria escrever isto nas certezas provisórias, mas “não tinha certeza”. Então entrei em ação e respondi: pode escrever, isto é uma certeza provisória, ou seja, o nome já diz que não é definitiva. Com o teu trabalho de investigação, você vai confirmar ou discordar da ideia que você tinha previamente. Este é o objetivo: deixar o aluno investigar para que também seja responsável pelo seu aprendizado.


5 comentários:

  1. Que legal Paula sua aplicação. Como você percebe a pergunta dos alunos, no sentido de você ter tido experiência com fundamental I e II, quem pergunta mais? Ou tem mais coragem? Por quê? Beijosss

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Fran! Bom receber sua visita por aqui! Eu acho que os alunos das séries iniciais são mais espontâneos na hora de fazer perguntas e de comentar sobre as coisas que você estão aprendendo. Geralmente você está expondo algum assunto e tem um aluno com a mão erguida querendo comentar ou perguntar algo. Os maiores, a partir do momento em que se estabelece uma relação de confiança com o professor também questionam, mas, na maioria das vezes, perguntam quando tem certeza e eu acho que fazem isso para evitar "piadinhas" dos colegas. Mas eu adoro quando fazem perguntas ou comentam algo durante a aula, se as fazem é porque se interessam.

      Excluir
  2. Muito boa as tuas observações sobre as certezas provisórias dos alunos. Realmente nós professores devemos ser mais piagetianos, ou seja perguntar mais do que responder. Gostaria de saber se o que os alunos já obtinham de informação eles e a noção de busca durante o projeto se eles sabem filtrar as fontes a se pesquisar.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Michele! Obrigada por sua visita! As informações que eles já possuíam vem das experiências de vida ou de escola, muitos disseram que já viram sobre o assunto na internet. Não falamos ainda sobre filtrar as fontes, mas faz parte do próximo passo.

      Excluir
  3. Oi Paula! Considero você uma grande colega e amiga, é também uma excelente profissional, sempre preocupada com o bem estar comum, você não tem ideia da admiração que tenho pelo teu trabalho, tua eficiência.
    Lendo tua postagem sobre nosso projeto, vejo todo teu empenho no sucesso dele, fez grandes observações e só orientou quando a aluna solicitou, isso mostra que o aluno está no papel de autor e o professor de co-autor. Um grande abraço! Ivana.

    ResponderExcluir