domingo, 25 de março de 2018


EDUCAÇÃO E TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO

Na interdisciplina de Educação e Tecnologias da Informação e da Comunicação fomos convidadas a voltar no tempo e lembrar de alguns instrumentos que, na nossa época de aluno do Ensino Fundamental e Médio, eram consideradas “TOP”. Inclusive fizemos um levantamento desses instrumentos em uma atividade da interdisciplina. Mas, o que quero mencionar aqui, é a forma como fazíamos pesquisa nesta época em que eu era aluna do ensino fundamental e médio. Era um luxo poder entregar um trabalho escrito à máquina ou impresso digitado com auxílio do computador, onde a maior fonte de pesquisa, além de livros, era a Barsa, enciclopédia que oferece conhecimentos produzidos ao redor do mundo até a data de sua publicação. Então era e ainda é possível buscar informações sobre determinado assunto na Barsa, que até possui a versão online. Hoje você acessa o Google com seu smartphone ou computador e busca instantaneamente as informações que quer saber. Nem sempre é preciso ir até a biblioteca da escola, há muitos livros que você pode acessar online, além de artigos e outros trabalhos publicados. Vale salientar que você precisa saber se as informações que você buscou são confiáveis e, além do mais, citar a fonte de onde você as buscou.


Fonte da imagem: <http://cultura.estadao.com.br/blogs/curiocidade/a-enciclopedia-barsa-vai-muito-bem-obrigado/> Acesso em 25/03/2018


EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – EJA

Uma de nossas interdisciplinas neste semestre trata da Educação de Jovens e Adultos no Brasil. Trata-se de uma modalidade de ensino para jovens e adultos que não tiveram acesso aos estudos na idade certa. Trabalhei em 2012 com EJA das séries finais do Ensino Fundamental e, em 2013, com EJA do Ensino Médio. Esta última me trouxe uma experiência muito significativa. Trabalhei com quatro turmas em cada semestre, duas correspondentes ao primeiro ano e duas correspondentes ao segundo ano, ambas do Ensino Médio. Pessoas interessadas, desde jovens de 18 anos até pessoas com mais de 50 anos. Todos desejando conquistar a conclusão do Ensino Médio. Me recordo muito do interesse dos alunos, especialmente aqueles com mais de vinte e cinco anos, com uma grande atenção dedicada a aula. Também lembro de adaptar as aulas a fim de usar uma metodologia que facilitasse a construção do conhecimento. Eu era conselheira de uma das turmas e me lembro que certo dia, em um Pré-conselho, um aluno queixou-se dizendo: “Nós pouco entendemos de Física da sala de aula, e ainda o(a) professor(a) fica de costas pra nós e esconde aquilo que está explicando. Aí fica difícil”. Me lembrei de como eram as nossas aulas, que eles gostavam de mostrar o caderno, de ganhar um recadinho e, para minha sorte, sempre gostaram da metodologia que eu utilizava, principalmente das explicações e das perguntas que eu fazia durante a explanação do assunto.



Fonte da imagem: <https://www.elo7.com.br/eja-livro-e-caderno-de-atividades-pdf/dp/9663BC> Acesso em 25/03/2018

domingo, 18 de março de 2018


ENVOLVIMENTO

Todo ano é um desafio trabalhar com o primeiro ano do ensino médio do turno da noite na escola estadual onde leciono. É uma turma muito heterogênea, são alunos oriundos de várias escolas da cidade que estão ingressando no ensino médio, alguns repetentes do turno da manhã, outros repetentes da turma no ano anterior e há ainda aqueles alunos que estão desmotivados pelos estudos de alguma forma e alegam que estão na escola por obrigação. Algumas vezes fica difícil de conquistar a turma inteira, de promover uma interação, porque sempre tem muita conversa paralela, assuntos interessantes no celular, entre outras coisas. Depois de uma aula frustrante na semana anterior, nesta semana propus uma atividade diferente. Eu trouxe desenhos de células bacteriana, animal e vegetal e pedi para que reproduzissem os desenhos, identificando as partes. Propus que se organizassem em três grupos, assim faríamos um rodízio com os desenhos a serem reproduzidos a mão. Eu fiquei encantada porque todos os alunos, sim, “todos” se envolveram na tarefa. Inclusive quem não abre o caderno na aula, quem está na escola “por obrigação” e quem está sempre envolvido com o celular. Até usaram o aparelho para visualizar e fazer a reprodução do desenho. Tive que registrar este momento.

                 

                      

 

 





ESCOLAS DEMOCRÁTICAS

Na primeira aula de seminário Integrador VII o professor Daniel propôs que assistíssemos a um curta denominado “escolas democráticas”.  A primeira impressão que o nome do curta nos passa é um modelo de como funciona uma escola democrática. Porém, ao assistir, percebemos que o curta faz uma crítica ao modelo de escola que ainda predomina atualmente, mostrando cenas típicas de uma escola tradicional, delimitada por espaços e tempos, onde o professor é o “dono” do saber, com disciplinas isoladas como gavetinhas, crianças tratadas da mesma forma sem respeito as suas particularidades, preferência ao abstrato em relação ao concreto, professor enchendo o aluno de conteúdo que é devolvido na hora da avaliação (avaliação conteudista). Pode-se comprovar que o modelo de ensino trazido pelo curta não prioriza a construção do conhecimento, mas sim sua transmissão e sua devolução, com nada ou muito pouco restando após a devolução do conhecimento em uma atividade avaliativa.
Diante disso, que em nossas aulas possamos trabalhar em prol aprendizagem significativa, promovendo a interação entre professor e aluno, que possamos desafiar nossos alunos a pensar, envolve-los na maior parte do tempo em tarefas, não apenas como sujeitos passivos, que nossas aulas desenvolvam mais competências e menos conteúdos.

Imagem do curta "escolas democráticas". Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Rumvh3QnL38> Acesso em 18/03/2018



MAIS UMA ETAPA DA CAMINHADA

Vamos dar início a mais um semestre! Assim como nos semestres anteriores, que este também seja repleto de conhecimentos e vivências que nos proporcionem um aprimoramento no nosso fazer pedagógico. Que possamos encantar nossos alunos com o que temos a ensinar e, juntos, construir conhecimento.
E como diz Paulo Freire: “Enquanto ensino continuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, contatando intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade”.