domingo, 22 de maio de 2016

Uma síntese da Poesia infantil no Brasil, a partir do texto de Luís Camargo


Luiz Camargo é escritor e ilustrador de livros infantis. Nasceu em São Paulo em 1954. 
Desenvolve pesquisas sobre a poesia infantil no Brasil.
  

Ø  Nos séculos XIX e XX os poemas infantis possuíam forte  vínculo com a escola com o seguimento de paradigmas morais e cívicos, para que as crianças fossem boas leitoras e de bom comportamento.


Ø  Primeiro livro de poesia infantil no Brasil: seja Flores do campo, de José Fialho Dutra publicado em Porto Alegre, em 1882, em razão do seu subtítulo, “poesias infantis”.



Ø  1886: publicado o livro Contos infantis, de Júlia Lopes de Almeida (1862-1934) de Adelina Lopes Vieira (1850-?), com algumas traduções e apropriações de modelos europeus.

Ø 1891: aprovado o livro Contos infantis para uso das escolas públicas primárias, com gravuras e ilustrações com um pequeno questionário ao final de cada conto.



Ø  1897: publicação do Livro das crianças, de Zalina Rolim (1869-1961) pelo governo paulista para distribuição nas escolas públicas do Estado de São Paulo. Neste livro, todos os trinta poemas que o compõem foram escritos a partir de ilustrações com a função de adiantar o assunto dos poemas, facilitando sua compreensão e auxiliando sua memorização.


Ø  1904: publicação do livro Poesias infantis, de Olavo Bilac (1865-1918). Bilac, escreveu Poesias infantis “para uso das aulas de instrução primária”, procurando compor “versos (...) sem dificuldade de linguagem”, sobre “assuntos simples”, visando “contribuir para a educação moral das crianças do seu país”.


Ø  1943: No livro “O menino poeta” Henriqueta Lisboa (1904-1985), privilegia o lirismo, utilizando largamente a metáfora, mas sem romper com o paradigma moral e cívico. Este livro abriu caminho para uma poesia infantil livre de compromissos pedagógicos.


Ø  1962: Sidónio Muralha (1920-1982), lança o livro A televisão da bicharada, privilegiando o trabalho com a linguagem, o jogo com a sonoridade, o ritmo, a música das palavras e a narração de breves cenas cômicas.


Ø  Principais poetas modernistas brasileiros: Cecília Meireles (1901-1964) e Vinicius de Moraes (1913-1980). Cecília Meireles traz para a poesia infantil a musicalidade, explorando versos regulares, a combinação de diferentes metros, o verso livre, a aliteração, a assonância Seu livro de poesia infantil, publicado em 1964 tem o mesmo nome de uma de suas poesias mais conhecidas: “Ou isto ou aquilo”.


Ø  Os poemas infantis de Vinicius de Moraes estão reunidos no livro A arca de Noé. Em seus poemas aparecem características como jogo sonoro, humor, aproveitamento de recursos típicos da poesia popular como a quadra, a redondilha e a rima nos versos pares, além da temática animal. Vinícius de Moraes popularizou-se pelo fato dos seus poemas terem sido musicados por importantes compositores brasileiros, como Tom Jobim.



Ø  Nos últimos 15 anos, autores como Sérgio Capparelli (n. 1947) e José Paulo Paes (1926-1998), destacam a preferência pelo humor. 

POEMA  E POESIA




Reflexões a partir da leitura do texto “ EM DEFESA DA ESCOLA BILÍNGUE PARA SURDOS: A HISTÓRIA DE LUTAS DO MOVIMENTO SURDO BRASILEIRO”, de Ana Regina Campello e Patrícia Luiza Ferreira Rezende.


No dia 12 de maio tivemos o primeiro encontro presencial da interdisciplina LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS – LIBRAS. Primeiramente quero dizer que me surpreendi com a aula. Foi um grande aprendizado. E assim como o inglês, o espanhol, o francês, entre outros, LIBRAS também é uma língua. Se a aula fosse ministrada, por exemplo, por um professor que falasse em francês, também precisaríamos de um intérprete, já que nós, alunas da turma, não conhecemos a língua francesa.  
A LIBRAS é uma disciplina criada após regulamentação da Lei nº 10.436/
2002 que reconheceu como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais - Libras e outros recursos de expressão a ela associados.
Lendo o texto de Regina Campello e Patrícia Luiza Ferreira Rezende me chamou a atenção o seguinte trecho: “Nós, os surdos, não queremos ser tutelados, queremos o exercício da liberdade pela forma e escolha linguística e cultural condizente com o nosso modo de viver e experienciar, de sermos surdos, diferente dos ouvintes. Somente nós, surdos, que sabemos o que é melhor para nós, da forma como precisamos ser educados, da forma como precisamos aprender, que é pela instrução direta em nossa língua de sinais, língua soberana da comunidade surda, que ajuda na formação da “Identidade Linguística da Comunidade Surda”.
Para Stuart Hall (1997), a cultura “determina uma forma de ver, de interpelar, de ser, de explicar, de compreender o mundo”. Portanto, a cultura surda é construída na relação entre surdos e na relação entre surdos e ouvintes.  
Do texto, também extraí um trecho da entrevista com Profa. Patrícia Rezende (diretora de políticas educacionais da Feneis) se pronunciando sobre a ameaça de fechamento do Colégio de Aplicação do INES. O Instituto Nacional de Educação de Surdos é uma escola centenária e foi a primeira escola de surdos no País, abrigando e educando vários dos líderes surdos de todo o País Na entrevista, Patrícia coloca que a “atual política de inclusão insiste em colocar crianças surdas junto com as ouvintes, sem haver um compartilhamento linguístico entre elas. Nesses espaços, as crianças surdas oriundas de famílias ouvintes não adquirem sua língua natural de forma espontânea, como as crianças ouvintes que compartilham a mesma língua da sua família interagindo e obtendo informações e, assim, construindo o conhecimento de mundo, que é aprofundado na escola. Como haver inclusão se não há aquisição linguística pela criança surda?” (O GLOBO, 2011).
Me chamou a atenção no texto as colocações da Diretora de Políticas Educacionais Especiais do MEC, Martinha Claret, à Revista da Feneis (2010b), ao ser questionada sobre a importância das escolas de surdos para a valorização da cultura e das identidades surdas: “[...] do ponto de vista da educação inclusiva, o MEC não acredita que a condição sensorial institua uma cultura. As pessoas surdas estão na comunidade, na sociedade e compõem a cultura brasileira. Nós entendemos que não existe cultura surda e que esse é um princípio segregacionista. As pessoas não podem ser agrupadas nas escolas de surdos porque são surdas. Elas são diversas. Precisamos valorizar a diversidade humana” (FENEIS, 2010b, p. 23).
Especificamente a parte em que destaquei no trecho da entrevista, contradiz a própria constituição brasileira, já que, em seu § 3º do art. 5º diz claramente que as pessoas com deficiência deverão fazer jus, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, a que sua identidade cultural e linguística específica seja reconhecida e apoiada, incluindo as línguas de sinais e a cultura surda.
Lutar pelas escolas bilíngues para surdos não é segregação. Pude perceber no texto a luta do Movimento Surdo em defesa das Escolas Bilíngues para Surdos, já que a ideia do MEC era de que alunos surdos frequentassem as mesmas instituições de alunos ouvintes, mas sem que tenham as mesmas oportunidades de acesso ao conhecimento. Isto sim é segregação, ou também, eu poderia nomear como exclusão o fato de não oferecer as mesmas oportunidades de acesso ao conhecimento para alunos surdos e ouvintes.
Não somente com o Movimento Surdo, mas com outros tipos de condições especiais, a política pública educacional não atendeu e ainda não atende realmente as necessidades de cada um. Em muitos casos a educação inclusiva não funciona e a escola regular acaba por praticar um excluasão. Cabe a pessoa que possui alguma condição especial e/ou a sua família o direito de decidir o que é melhor para sua vida.  
Em escolas regulares, aluno surdos receberiam Atendimento Educacional Especializado (AEE), no contraturno e com poucas horas semanais e de forma fragmentada. Eu, como professora da escola regular, sei que o serviço de AEE não consegue contemplar todos os tipos de necessidades. Não temos professores, por exemplo, que saibam LIBRAS ou Braille. Em caso de necessidade, seria necessário formar um profissional dentro da rede para atuar junto ao aluno ou esperar um processo de contratação. E enquanto isso não acontece?

Então a pergunta: por que a insistência de pessoas ouvintes, que estão no poder para representar a população, em querer impor suas ideias e torná-las leis por considerá-las a melhor solução sem ouvir e aceitar as ideias de quem realmente seria afetado com estas leis?
Fonte da imagem: <http://danianepereira.blogspot.com.br/> Acesso em: 22/05/2016

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Memória visual

Já que estamos trabalhando com a disciplina de Ludicidade, hoje à tarde, participando de uma formação sobre pareceres descritivos na pré-escola, me lembrei de uma atividade que trabalha a memória visual das crianças. As crianças da pré-escola adoram esta atividade, mas ela pode ser desenvolvida com alunos maiores aumentando o grau de dificuldade da brincadeira.
Desenvolver a memória é um aspecto importante para a aprendizagem. A memória visual é a capacidade de reter e lembrar de estímulos visuais observados. Por meio desta habilidade a criança consegue, por exemplo, memorizar as letras que formam uma palavra possibilitando que a reconheça quando vê-la novamente, conseguindo fazer, com esta palavra, associações e relações.

Descrição da atividade

A professora faz alguns desenhos no quadro, por exemplo: uma árvore, um sol, uma fruta, uma estrela, um gato e uma flor. Todos os alunos observam atentamente. Um aluno é escolhido para se ausentar da sala ou virar de costas enquanto a professora apaga uma dos desenhos. O aluno escolhido deve descobrir qual é o desenho que está faltando.

Variantes: podem ser usadas palavras, letras, números, conforme a idade das crianças e a criatividade do aplicador.

Fonte da imagem: <http://www.androidpit.com.br/app/air.uk.paranoidmac.visualmemorytest> Acesso em 12/05/2016

domingo, 8 de maio de 2016

COMO AS BRINCADEIRAS DA MINHA INFÂNCIA PODEM TER AUXILIADO NO MEU DESENVOLVIMENTO?

Já que estamos falando de Ludicidade e Educação, fui desafiada a falar de brincadeiras e jogos da minha infância. Ao mesmo tempo fiz a leitura do texto "O brinquedo através da história" de Bruna Molozzi. Fiz relações importantes entre minha infância e as ideias do texto.
Quando criança eu gostava muito de brincar com bonecas. Confeccionava guarda-roupas com caixa de papelão para guardar as roupas das bonecas. Gostava muito de brincar de casinha e de fazer comidinhas. Enjambrava um fogão com tijolos e folha de zinco para “cozinhar feijões” que eu pegava escondido no porão da casa da minha avó (ela planta feijões até hoje). Brincava também de esconde-esconde no meio do mato, aproveitando este momento também para me balançar nos cipós. “No âmbito moral, a atividade lúdica possibilita o exercício da autonomia. No jogo, a criança aprende a tomar decisões, fazer escolhas e refletir sobre a realidade, construindo relações cada vez mais independentes e seguras, reduzindo a dependência do adulto” (Bruna Molozzi).
Muitas vezes brinquei em casinhas de capoeira construídas pelo meu pai no meio da roça. Uma arquitetura e tanto: Meu pai selecionava quatro forquilhas de galhos e colocava-as em quatro cantos formando um quadrado. Com mais quatro pedaços de galhos, formava a estrutura do teto. Depois colocava varetas em cima desta estrutura e cobria com as folhas de capoeiras, fechando inclusive as laterais.
Também brinquei muito de professora e adorava a junção dos amigos ou primos para que eu pudesse “lecionar” para eles. “Ao dividir os papéis em um jogo de “faz-de-conta”, por exemplo, frequente em grupos de crianças de 4 e 5 anos, a criança precisa aprender a negociar e, muitas vezes, deve “abrir mão” de sua vontade para que a brincadeira aconteça. Não é possível brincar de “escolinha”, por exemplo, se todos os jogadores optarem por ser o professor. ” (Bruna Molozzi)
Me lembro de brincar com bolas, de rolar morro abaixo enrolada em um grande pano, de me arrastar nas “canoas” de coqueiro, de pular corda, do jogo do mico, de memória. Eu não tive muitos jogos “comprados”, mas eu brincava com jogos de bingo, dominó, memória e quebra-cabeça confeccionados por minha mãe para trabalhar com seus alunos relacionados com os conteúdos.
Para mim, essas brincadeiras possibilitaram o aprendizado de muitas coisas como a construção de hipóteses, a tomada decisões, o desenvolvimento da autonomia, da curiosidade, da capacidade de expressar meu pensamento, do espírito de cooperação. Também considero que as brincadeiras de rolar, arrastar, balançar, pular, entre outras proporcionaram o desenvolvimento de movimentos amplos fazendo com que meu corpo estivesse estruturado no tempo e no espaço, característica essencial antes de começar a aprender os ensinamentos formais proporcionados na escola.  “Através do jogo a criança pode ter um desenvolvimento mais saudável a completo, que envolve a socialização, o desenvolvimento moral e construção cognitiva”. (Bruna Molozzi). As crianças de hoje em dia têm muito mais acesso a jogos, principalmente a jogos eletrônicos, mas acabam deixam de lado brincadeiras importantes para o desenvolvimento corporal.
EXPLORANDO POSSIBILIDADES VOCAIS

Após a leitura do texto “Explorando possibilidades vocais: da fala ao canto” de Agnes Schmeling e Lúcia Teixeira pude conhecer algumas atividades/dinâmicas que podem proporcionar o desenvolvimento vocal dos alunos. Já que todos carregam consigo a voz, ela é um recurso acessível à música.

1ª atividade

Alunos devem caminhar e observar sua sala de aula. Ao sinal do professor (batida de palmas) devem parar e fechar os olhos. O professor faz uma pergunta como, por exemplo: quantos alunos usam óculos? Quem sabe responder levanta a mão, ainda de olhos fechados. A pergunta pode ser feita por outro colega e para que ela saiba que estará no comando, o professor pode dar um toque em seu ombro.
Outra possibilidade é caminhar pela sala de aula. Os alunos devem perceber que é hora de parar, sem enxergar e sem falar, apenas por tocarem em um colega que está parado. Qualquer um dos participantes pode dar o comando de parar.
Pode ser explorada também a seguinte possibilidade vocal: cada aluno escolhe uma vogal para emitir, de forma cantada ou falada, em timbre mais grave ou mais agudo, mais forte ou mais suave, caminhando pela sala. Os alunos devem encontrar seus pares de acordo com a vogal escolhida e apresentar sua vogal da forma que escolherem.

2ª atividade

Desenvolvimento de um diálogo, que pode ser uma parlenda, interpretando os personagens e explorando diferentes timbres, colocações vocais, entonação e dicção, de forma a interpretar a fala com emoção. No texto foi utilizado como exemplo a parlenda “Alô, o Tatu taí?”

Alô, o Tatu taí?
Trim, trim, trim…
– Alô, o Tatu taí?
– Não, o Tatu não tá, mas a mulher do Tatu tando, é o mesmo que o
Tatu tá!
– Então tá.
– Tá!
Tu, tu, tu, tu…

A declamação de trava-línguas também auxilia a dicção e exploram diferentes consoantes. Eles podem ser declamados ou musicados. Exemplos de trava-línguas:

O rato roeu a roupa do rei de Roma.”
“Se a liga me ligasse, eu também ligava a liga, como a liga não me liga, eu também não ligo a liga.”
“Norma nina o nenê de Neusa.”
“O pinto pia, a pia pinga. Pinga a pia, pia o pinto. Quanto mais a pia pinga, mais o pinto pia.”

3ª atividade

Explorar canções com movimentos corporais. Com uma canção você pode:
- Cantar;
- Comentar a letra;
- Criar movimentos para acompanhá-la;
- Criar uma sequência rítmica;

Na aula exploramos uma atividade citada neste texto: “duas cirandas”. Primeiramente aquecemos a nossa voz. Aprendemos a letra da música parte por parte e cantamos algumas vezes. Depois formamos um grande grupo para cantar a melodia em roda seguindo alguns passos. Em seguida, formamos dois grupos: um cantou a primeira parte e o outro grupo a segunda, de forma a sobrepor as duas melodias.

DUAS CIRANDAS           (Folclore do Recife)

Mandei fazer uma casa de farinha,
bem maneirinha, que o vento possa levar
Oi, passa sol, oi passa chuva, oi passa o vento,
só não passa o movimento do cirandeiro a rodar.

Achei bom, bonito,
meu amor brincar!
Ciranda maneira,
vem cá, cirandeiro,

vem cá balançar!
PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS EM RELAÇÃO AO USO DA VOZ

Ao assistir o vídeo “Minha voz, minha vida”, (disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=d9e4oHqtIXY), atividade proposta pela disciplina de Música na Escola, pude destacar alguns pontos positivos e negativos em relação ao uso da voz por parte dos professores.

PONTOS NEGATIVOS
- Ter o hábito de falar gritando em todos os momentos.
- Gritar para chamar a atenção dos alunos ao entrar na sala e/ou em outros momentos.
- Falar com ventilador ligado e com porta aberta tentando competir o tom de voz com o barulho produzido pelo ventilador ou por acontecimentos do corredor da escola.
- Falar de costas para os alunos.
- Falar enquanto escreve no quadro se expondo ainda mais ao vilão “pó de giz”.
- Mascarar a irritação na garganta com pastilhas e sprays.
- Fumar.
- Tentar remover algo que está atrapalhando na garganta irritando ainda mais as cordas vocais.
- Esquecer-se de ingerir água constantemente.
- Não aquecer as cordas vocais, o principal instrumento de trabalho do professor.
- Aulas predominantemente expositivas.

PONTOS POSITIVOS

- Alongamentos e exercícios vocais antes de iniciar o trabalho.
- Falar em um tom compreensível, isto é, nem baixo, nem alto demais, de uma forma que não prejudique seu instrumento de trabalho, tanto na escola quanto nas demais atividades do seu dia-a-dia.
- Ingestão de água com frequência.
- Evitar competir o tom de voz com outras coisas alheias à aula como ventilador e conversas do corredor da escola.
- Chamar a atenção dos alunos utilizando-se de outros recursos como batidas leves na mesa, palmas, entre outros, para evitar o desgaste da voz.
- Uso de diferentes metodologias, não somente aula expositiva.
- Evitar falar enquanto escreve no quadro, inclusive para evitar uma maior exposição ao pó de giz.

- Falar de frente para os alunos. 
AULA PRESENCIAL: MÚSICA NA ESCOLA
A nossa primeira aula presencial da disciplina “Música na Escola” foi muito divertida e nos trouxe um grande aprendizado. Cantamos e dançamos, mas primeiramente aquecemos as nossas cordas vocais. Quero compartilhar algumas anotações da fala da professora e dos slides que fiz durante a aula.
  • ·         A música cria rotinas neuronais que são as mesmas rotinas necessárias à linguagem.
  • ·         A música sempre fez parte do desenvolvimento humano.
  • ·   A audição é o primeiro sentido da percepção humana. Na 17ª semana de vida intrauterina o bebê já escuta e mantém a memória musical quando nasce.
  • ·         Na 26ª semana de gestação os batimentos cardíacos do bebê reagem aos sons.
  • ·         A música nos dá prazer e nossa tendência é repetir tudo o que nos dá prazer.
  • ·         As pessoas que cantam possuem a linguagem “mais turbinada”.
  • ·         A prática musical melhora em quarenta por cento a habilidade de leitura.
     
  • Imagem disponível em:  <http://fernandabelem.com.br/musica-com-o-nome-fernanda/> Acesso em 08/05/2016


TRÊS GRANDES CLASSES DE JOGOS, SEGUNDO PIAGET
Após a leitura do texto “A evolução do jogo segundo a epistemologia genética”, de Bruna Molozzi, construí um fluxograma descrevendo as três grandes classes de jogos segundo Piaget, que são os jogos de exercício, os jogos simbólicos e os jogos de regras.

Piaget na teoria do construtivismo estuda a forma como construímos conhecimento, como criamos estruturas mentais enquanto nos desenvolvemos para compreendermos o mundo à nossa volta e que brincar e jogar relacionam-se com a construção dessas estruturas mentais. Quando a criança cria uma estratégia, por exemplo, de conseguir um brinquedo que está distante dela, modifica o meio externo e se modifica internamente: acomodação, assimilação e adaptação, conceitos básicos da teoria piagetiana. No período sensório motor (1 ano e meio a dois anos) a criança utiliza a motricidade e seus sentidos para atuar sobre o meio na exploração e deslocamento de objetos, imitando pessoas. A criança brinca com aquilo que já aprendeu, sedimentando as conquistas realizadas.  No período pré-operatório (1 ano e meio a 6 anos) a criança utiliza-se de um símbolo para representar a realidade – jogo simbólico. Dessa forma a criança reconstrói acontecimentos passados, compensa os indesejáveis e liquida conflitos. O jogo com regras (dos 8 aos 11 anos) é uma sucessão ao jogo simbólico em que a criança ingressa no período das operações concretas. Há uma evolução da relação da criança com a regra. Crianças mais velhas começam a compreender que regras surgem a partir dos acordos grupais e valem para todos. Dessa forma, podem experimentar situações democráticas.