domingo, 8 de maio de 2016

COMO AS BRINCADEIRAS DA MINHA INFÂNCIA PODEM TER AUXILIADO NO MEU DESENVOLVIMENTO?

Já que estamos falando de Ludicidade e Educação, fui desafiada a falar de brincadeiras e jogos da minha infância. Ao mesmo tempo fiz a leitura do texto "O brinquedo através da história" de Bruna Molozzi. Fiz relações importantes entre minha infância e as ideias do texto.
Quando criança eu gostava muito de brincar com bonecas. Confeccionava guarda-roupas com caixa de papelão para guardar as roupas das bonecas. Gostava muito de brincar de casinha e de fazer comidinhas. Enjambrava um fogão com tijolos e folha de zinco para “cozinhar feijões” que eu pegava escondido no porão da casa da minha avó (ela planta feijões até hoje). Brincava também de esconde-esconde no meio do mato, aproveitando este momento também para me balançar nos cipós. “No âmbito moral, a atividade lúdica possibilita o exercício da autonomia. No jogo, a criança aprende a tomar decisões, fazer escolhas e refletir sobre a realidade, construindo relações cada vez mais independentes e seguras, reduzindo a dependência do adulto” (Bruna Molozzi).
Muitas vezes brinquei em casinhas de capoeira construídas pelo meu pai no meio da roça. Uma arquitetura e tanto: Meu pai selecionava quatro forquilhas de galhos e colocava-as em quatro cantos formando um quadrado. Com mais quatro pedaços de galhos, formava a estrutura do teto. Depois colocava varetas em cima desta estrutura e cobria com as folhas de capoeiras, fechando inclusive as laterais.
Também brinquei muito de professora e adorava a junção dos amigos ou primos para que eu pudesse “lecionar” para eles. “Ao dividir os papéis em um jogo de “faz-de-conta”, por exemplo, frequente em grupos de crianças de 4 e 5 anos, a criança precisa aprender a negociar e, muitas vezes, deve “abrir mão” de sua vontade para que a brincadeira aconteça. Não é possível brincar de “escolinha”, por exemplo, se todos os jogadores optarem por ser o professor. ” (Bruna Molozzi)
Me lembro de brincar com bolas, de rolar morro abaixo enrolada em um grande pano, de me arrastar nas “canoas” de coqueiro, de pular corda, do jogo do mico, de memória. Eu não tive muitos jogos “comprados”, mas eu brincava com jogos de bingo, dominó, memória e quebra-cabeça confeccionados por minha mãe para trabalhar com seus alunos relacionados com os conteúdos.
Para mim, essas brincadeiras possibilitaram o aprendizado de muitas coisas como a construção de hipóteses, a tomada decisões, o desenvolvimento da autonomia, da curiosidade, da capacidade de expressar meu pensamento, do espírito de cooperação. Também considero que as brincadeiras de rolar, arrastar, balançar, pular, entre outras proporcionaram o desenvolvimento de movimentos amplos fazendo com que meu corpo estivesse estruturado no tempo e no espaço, característica essencial antes de começar a aprender os ensinamentos formais proporcionados na escola.  “Através do jogo a criança pode ter um desenvolvimento mais saudável a completo, que envolve a socialização, o desenvolvimento moral e construção cognitiva”. (Bruna Molozzi). As crianças de hoje em dia têm muito mais acesso a jogos, principalmente a jogos eletrônicos, mas acabam deixam de lado brincadeiras importantes para o desenvolvimento corporal.

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