domingo, 30 de outubro de 2016

MEMÓRIA

Na aula presencial da interdisciplina REPRESENTAÇÃO DO MUNDO PELOS ESTUDOS SOCIAIS o professor nos instigou em grande parte do tempo sobre a memória. Cada aluna escreveu em um pedaço de papel um significado para a palavra memória e o professor montou uma espécie de mapa conceitual com esses papeis no chão da sala de aula. Sobre o conceito de memória eu escrevei que é uma “relação: aquilo que eu já sei X aquilo que estou vendo.
Para ter mais certeza do que escrevi, pesquisei no Google: o que é memória? E veio a primeira resposta: faculdade de conservar e lembrar estados de consciência passados e tudo quanto se ache associado aos mesmos.
Pois bem, o que seria de nós se não tivéssemos a capacidade de armazenar informações? Claro que não lembramos de tudo, mas com certeza mantemos vivas memórias de coisas ou experiências significativas.
A memória está relacionada com a aprendizagem, pois é através da memória que conseguimos reter, construir e transformar conhecimento. As conexões que fizemos entre o que já sabemos, que já está na memória, com algo que estamos vendo no presente, facilita a compreensão. Sendo assim a memória é muito importante. Importante também é valorizar as memórias dos alunos trazendo-as para o contexto da sala de aula. Isso com certeza facilitará o aprendizado.
Fonte da imagem: https://gabrielreisstein.com.br/3-dicas-para-melhorar-a-memoria-com-reiki/>Acesso em 30/10/2016

sábado, 22 de outubro de 2016

TRABALHANDO A SERIAÇÃO

Dentre os conceitos que estamos trabalhando na interdisciplina de Representação do Mundo pela Matemática, está a seriação. Outro jogo que aprendi durante a formação sobre atividades lúdicas e que trabalha este conceito é o “Sabonete”.

JOGO: SABONETE

Material: um baralho espanhol ou um baralho francês.


Como jogar:  em duplas. Se jogar com um baralho espanhol, distribuir 12 cartas para cada jogador, se o baralho for francês, distribuir 13 cartas para cada jogador, todas viradas para baixo. Se forem 12 cartas, organizar em duas filas, 6 em cima e 6 embaixo. Se for 13 cartas, colocar 7 na primeira fila e 6 na segunda. O restante das cartas deixar no monte, uma em cima da outra, viradas para baixo no centro da mesa. Um jogador inicia o jogo pescando uma carta do monte e substituindo por uma do seu jogo, imaginando a posição dos números. Por exemplo: se pescou a carta 7, conta a partir da primeira até chegar no 7 para colocar a carta no lugar correto. A carta que for substituída fica virada para cima. O jogador pode substituir quantas vezes quiser no seu jogo com uma única pesca, pois retira uma e coloca outra, retira uma e coloca outra, mas, se nessas substituições aparecer uma carta repetida, deve descartar a carta no monte das cartas “jogadas fora” deixando-a virada para cima, passando a vez para o colega, que pode pescar uma nova carta ou usar aquela descartada pelo colega. Vence quem consegue montar primeiro a sequência do 1 ao 12 ou do 1 ao 13 (conforme o baralho), sem importar o naipe.
JOGO SABONETE
Fonte da imagem: <https://verinhaalfabetizacao.wordpress.com/2010/04/30/jogo-sabonete/> Acesso em 23/10/2016



Baralho francês. 
Fonte da imagem: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Baralho#/media/File:A_studio_image_of_a_hand_of_playing_cards._MOD_45148377.jpg> Acesso em: 23/10/2016.

Baralho espanhol 
Fonte da imagem: <https://diaslucas.blogspot.com.br/2014/01/por-que-copas-e-representado-por-um.html> Acesso em: 23/10/2016.


TRABALHANDO A COMPARAÇÃO

Dentre os conceitos que estamos trabalhando na interdisciplina de Representação do Mundo pela Matemática, está a comparação. Fizemos uma formação nesta semana com uma psicopedagoga sobre atividades lúdicas na escola e ela nos (re)apresentou o jogo “Buraco”. Eu já ouvi falar do jogo, mas não sabia como jogar. Há outras variantes deste jogo, mas a que ela nos passou é esta que descreverei. É um jogo que trabalha o conceito de comparação. Conforme o material disponibilizado na interdisciplina, “para que a criança aprenda a usar, entender e criar critérios para seriar, classificar ou mesmo descrever um objeto ou uma coleção deles ela precisa conhecer critérios de comparação. E para aprender a comparar, nada melhor do que exercitar essa habilidade tão praticada”.

JOGO: BURACO
Material: um baralho espanhol (baralho de bisca).


Como jogar: distribuir todas as cartas na mesa formando um círculo, todas viradas para baixo.  Escolhe-se quem inicia o jogo. Cada jogador, na sua vez, pesca uma carta e a coloca no centro do círculo, virada para cima e assim sucessivamente. Se algum jogador pescar uma carta que forma par com outra que está no meio do círculo virada para cima, recolhe as duas e as deixa a sua frente, uma em cima da outra, virada para cima. Se o jogador não percebeu que seria possível formar o par e acabou colocando a carta no meio do círculo virada para cima, não pode recolher o par, nem os seus colegas. Para formar os pares valem os números das cartas. A última carta que fica em cima do meu monte (virada para cima) pode ser pega por um colega para fazer um par, não somente aquelas do centro do círculo. Vence quem ficar com mais cartas no final. Podem sobrar cartas sem par no final, marcando também o final do jogo. 
CURIOSIDADE QUE GERA APRENDIZAGEM

A tarefa da semana 3 da interdisciplina de Representação do mundo pelas Ciências Naturais tem como título “inventário de perguntas de crianças” onde nós devemos anotar em nossa sala de aula ou outro espaço perguntas interessantes feitas por crianças.
A pergunta, ou melhor, as perguntas interessantes que me causaram admiração vieram de um aluno do 8º ano da escola onde trabalho. Posso considerar que a curiosidade deste aluno fez com que ele aprendesse algo interessante para sua vida, conforme vou descrever abaixo.
Ontem, dia 21 de outubro, fomos com os alunos do 8º e 9º ano da escola até a cidade de Gramado-RS visitar, entre outros locais, o Gramado ZOO. Ao chegar lá, fui buscar os tickets e entreguei o comprovante de depósito antecipado do valor correspondente à quantidade de pessoas. Os alunos estavam juntos neste momento. Então um menino do 8º ano perguntou: profe, como eles te deram os ingressos sem precisar pagar? Então eu respondi: lembra quando passamos na sala falando sobre a viagem e dissemos que depois efetua o pagamento em caso de desistência não há como receber o dinheiro de volta? É exatamente por isso, temos que pagar o valor das entradas antes de vir aqui. Então o aluno perguntou: como o dinheiro chega aqui? Vocês vieram até aqui para trazer? Eu respondi: não precisa vir até aqui, fomos no banco fazer o pagamento e o banco envia para eles. Ele respondeu com uma pergunta: mas como o banco sabe que é para eles que tem que mandar o dinheiro? Respondi que o dono do Gramado ZOO tem uma conta no banco e ele me passou o nome. Ele perguntou novamente: mas se tem duas pessoas com o mesmo nome, como o banco sabe para quem tem que mandar o dinheiro? Eu perguntei a ele: você tem carteira de identidade e CPF? Ele disse que sim. Perguntei se alguma vez além do nome dele pediram o número da identidade, do CPF ou da certidão de nascimento. Ele respondeu: sim profe, no bilhete da viagem vocês pediram para colocar o número da identidade ou da certidão de nascimento. Eu me lembrei que eu tinha a lista de passageiros na bolsa e mostrei a ele. Pedi se aqueles números ao lado do nome de cada aluno eram iguais. Ele analisou e respondeu que não. Então expliquei: é por isso que o banco sabe para quem é o dinheiro se existem duas pessoas com o mesmo nome: porque o dono do ZOO me deu o seu nome, o número do seu CPF e o número da sua conta. Todos esses números são próprios de cada pessoa. Se há outra pessoa com o mesmo nome do dono do ZOO, o número do CPF será diferente, assim como o número da conta. Neste caso chegamos juntos à resposta final. Eu achei o máximo a curiosidade do aluno e o elogiei por querer saber disso. 

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

AULA PRÁTICA?


Na primeira aula presencial da interdisciplina de Representação do mundo pelas Ciências Naturais o professor nos envolveu em experimentos para introduzir o conteúdo. Então eu me lembrei de uma palestra que assisti no Fórum Internacional de Educação que aconteceu na cidade de Marau com José Alexandre da Rocha Ventura Silva (Professor e Investigador do Departamento de Educação da Universidade de Aveiro, Portugal): “o aluno tem que se responsabilizar mais pelo seu aprendizado”, se referindo ao fato de que os alunos devem ouvir menos e estar envolvidos na maior parte do tempo em tarefas, que devemos preparar os alunos para serem cidadãos e profissionais do mundo. Naqueles dias da palestra eu estava trabalhando com meus alunos sobre o processo de fermentação realizado pelos fungos. Eu havia preparado um experimento, mas pensei em não aplicar porque precisava “andar” com o conteúdo. Após a palestra eu pensei: vou aplicar o experimento porque o envolvimento dos alunos tornará a aprendizagem mais significativa. E apliquei!
BRINCANDO E APRENDENDO COM A MATEMÁTICA

Na nossa primeira aula presencial da interdisciplina de Representação do mundo pela Matemática recordamos que os números foram inventados para registrar coisas e tornar nossa vida mais fácil. Os números estão presentes em tudo: aniversário, quantidade de sorvetes que tomava quando criança, peso, idade, altura, dias, horas...
Primeiramente cada um dos participantes tinha que pensar em um número e dizer em voz alta, depois devia explicar aos presentes o porquê da escolha: alguns se lembraram do ano de nascimento, número da sorte, idade, entre outros motivos.
Nós sabemos jogar Pife, mas, nesta aula, fomos convidadas a jogá-lo com uma representação numérica diferente: este é o jogo PIF-PAF MAIA. As cartas deste baralho são uma combinação de quatro cores com números representados no Sistema de Numeração Maia. Jogar cartas auxilia as crianças a construírem o conceito de sequência. Foi muito divertido.



Depois realizamos a atividade “Promoção no mercadinho” envolvendo sistema monetário. Recebemos uma ficha com vários produtos encontrados em um mercado e cada produto com o valor correspondente. A primeira tarefa era dividir estes itens em promoção em três grupos distintos, dizendo qual o critério utilizado para a formação dos mesmos. Vimos durante os relatos que surgiram várias formas possíveis de organizar estes produtos. Cada grupo organizou de acordo com uma categoria, de acordo com um critério. É assim na nossa vida, precisamos organizar as coisas de acordo com critérios. Depois fizemos as outras tarefas: Se você tivesse que organizar estes itens dentro de um mercado, como você faria? Davi foi a este mercado ontem e comprou 4 itens deste folheto. Ele gastou menos de R$10,00 e mais de R$ 5,00. O que ele comprou? Marina, prima de Davi, comprou 3 coisas, mas duas eram iguais. Ela disse que levou R$ 20,00 e que quase não teve dinheiro para pagar tudo. O que você acha que ela comprou? Se você fosse a esse mercado e só pudesse comprar o que está nesse panfleto. O que você compraria? Quanto você gastaria?

No dia seguinte, na reunião pedagógica da escola, levei esta atividade como sugestão aos meus colegas professores. Fiquei feliz em ouvi-los dizer: “Nossa, que legal! Vamos aplicar no 4º ano”; “Vamos adaptar para um 3º ano pois a ideia é ótima”. Muito bom aprender coisas diferentes que nos auxiliam na prática. 
EXPERIÊNCIA PESSOAL ENVOLVENDO MATEMÁTICA


Na interdisciplina de Representação do mundo pela Matemática fomos convidadas relatar uma experiência pessoal envolvendo matemática na sala de aula e que consideramos interessante. Podia ser uma situação que promoveu aprendizagem ou mesmo uma situação que, mesmo não sendo de sucesso, provocou reflexões por parte do professor. Então eu me lembrei de uma experiência enquanto aluna. Eu estava na 5ª série e minha mãe era a minha professora. Para introduzir a ideia de frações, ela fez um bolo e trouxe para a sala de aula. Conforme ela cortava o bolo nos questionava em quantas partes estava cortando. Primeiro em duas, depois em 4, 8 e 16. Começou a retirar os pedaços do bolo um a um e nos questionando. A cada pedaço retirado e com os questionamentos feitos, fazíamos o desenho no caderno representando com a cor vermelha os pedaços retirados. Depois ela nos disse que esses desenhos poderiam ser representados de outra forma. Confesso que essa atividade foi significativa para mim, inclusive por poder degustar o bolo no final, mas eu não tive e não tenho dificuldades com as frações. 

domingo, 9 de outubro de 2016

GEOGRAFIA E CARTOGRAFIA NO ENSINO BÁSICO

Na interdisciplina de “representação do mundo pelos Estudos Sociais” fomos convidadas a fazer a leitura do texto “Geografia e a cartografia escolar no ensino básico: uma relação complexa - percursos e possibilidades”, o qual trata de um trabalho realizado com alunos do 7º ano de duas escolas, uma pública e outra privada” para detectar possíveis deficiências dos alunos em relação à alfabetização cartográfica.
Um aluno competente em Geografia consegue utilizar suas habilidades espaciais e estabelece relações entre os elementos geográficos que compõem o espaço. Muitos adultos apresentam dificuldades em se orientar, ou seja, a aplicação do conhecimento adquirido na época da escola não acontece.
Reconhecer referências é fundamental para a memória espacial. Quando passamos por um local pela primeira vez a memória precisa ser ativada e algum ponto visível precisa se tornar referência e ser reconhecido ao voltarmos ao local. O reconhecimento deste ponto é a capacidade de conservação de um conhecimento. Para que essa competência seja colocada em prática na vida adulta é necessário desenvolver habilidades desde a Educação Infantil e Anos Iniciais. Mas que habilidades? Habilidades de reconhecimento espacial como a lateralidade, a percepção de imagens em diversos pontos de vista, as relações de distância, a interlocução de quadros paisagísticos, o ordenamento de pontos de referência e entre outros.
Na área da Cartografia e da Geografia, os conceitos trazidos por Jean Piaget na Epistemologia Genética contribuem para a compreensão dos processos que permitem a construção do conhecimento: assimilação, acomodação, equilibração, desequilibração, reversibilidade, abstração reflexionante e objetivação. Basnado-se nos conceitos de Piaget, conhecer não é apenas fazer uma cópia do real, mas agir sobre ele, compreendendo-o e transformando-o.
Até os 7 anos o aluno deve construir a relações topológicas, onde trabalha com as noções de vizinhança. Até os 10 anos o aluno deve atingir a relação projetiva, onde consegue ter noções de projeção, que pode mudar de acordo com o seu ponto de vista, ordenação de objetos, percepção das distâncias, comprimento, estabelecimento de medidas. A partir dos 10 anos o aluno precisa começar a construir as relações euclidianas, podendo distinguir com mais segurança e referência o que está perto, o que está longe, devendo trazer as percepções anteriormente construídas. Uma atividade interessante e indispensável é trabalhar com mapas mentais a partir do espaço onde os alunos vivem ou do caminho percorrido até a escola para que eles possam se localizar a partir de elementos que fazem parte do seu cotidiano.
A atividade aplicada aos alunos nas duas escolas e que está descrita no texto é a seguinte: “Atenção, esta foto refere-se a um ponto ao redor da sua escola. Você vai observar a foto, identificar o local fotografado e observar os elementos que compõe esta paisagem. A seguir faça a continuação desta paisagem até chegar a sua escola, inserindo todos os equipamentos urbanos que você lembra, inclusive elementos naturais. Após realizado o desenho, oriente a foto, empregando referenciais espaciais que você lembrar. ” Após a atividade, os alunos puderam comparar o seu trabalho com as imagens do Google Earth.
     Passeios, saídas a campo no entorno da escola são importantes para o aluno reconhecer alguns pontos de referência. Aprender cartografia não é apenas usar mapas na sala de aula, mas, antes disso, fazer uma análise geográfica do lugar onde vive/estuda e representar estes espaços, afinal, só saberá compreender um mapa quem sabe fazer um mapa.
           Nos anos iniciais além de trabalhar com noções de lateralidade, percepção espacial, entre outros, pode-se construir plantas baixas a partir de situações concretas, como uma maquete do entorno da escola, da sala de aula ou da sua casa. Isto quer dizer que a educação geográfica tem início já nos anos iniciais e é o primeiro passo para que os alunos desenvolvam conceitos geográficos.

Fonte: CASTROGIOVANNI, Antonio; COSTELLA, Roselane. Geografia e a cartografia escolar no ensino básico: uma relação complexa - percursos e possibilidades. In: SEBASTIÁ, Rafael; TONDA, Emilia. La investigación e innovación en la enseñanza de la Geografía. Alicante: UNE, 2016, p.15-26



Fonte da imagem: <http://museuvirtualeducampo.blogspot.com.br/2013/04/maquete-do-entorno-da-escola-alarico.html> Acesso em 09/10/2016

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

CONSTRUÇÃO DE CONCEITOS

Na aula de Representação(ões) do mundo pelos Estudos Sociais uma colega questionou o professor Paulo sobre uma maneira de trabalhar o conceito de bairro com os alunos. O professor então nos disse que conceito é o resultado de uma construção, conjunto de ideias e noções. Os conhecimentos prévios (conceitos que o aluno já possui) servem para construir determinados conceitos. Um conceito tem a ver com as histórias e com as memórias. Por isso, antes de trabalhar o conceito de bairro, é importante trabalhar com as histórias e as memórias deste bairro.

Todos nós temos conhecimentos, memórias e histórias internalizadas, por isso é importante aceitar as ideias, as experiências culturais e a vivência dos alunos, por meio do diálogo. A construção de fluxogramas, esquemas e mapas conceituais são ótimos recursos para iniciar a construção de um conceito a partir das ideias trazidas pelos alunos.
 Fonte da imagem: <http://www.venki.com.br/blog/como-desenhar-um-fluxograma/> Acesso em: 06/10/2016