O
DESEJO DE SABER
Lendo a postagem do meu blog intitulada
“O desejo de saber, a transferência e contratransferência e suas repercussões
na sala de aula, um trecho desta postagem me fez lembrar do aluno que citei no
meu projeto de estágio e que está oscilando entre o nível silábico e
silábico-alfabético da escrita, de acordo com Emília Ferreiro.
Na postagem escrevi “O aluno tem o desejo de saber quando seu
professor conquistou uma importância especial. Através dessa importância
conquistada o professor tem poder sobre o aluno.[...] A transferência permeia
qualquer relação humana. Acontece quando o desejo de saber do aluno se volta
para o professor e a ele atribui um sentido especial”.
Esse aluno no início do
estágio (não sou a professora titular da turma) ficava isolado, demonstrava
certa falta de vontade em realizar as tarefas, perguntava a todo momento para
ir ao banheiro (para mim esta última atitude era uma forma de driblar a aula).
Com o passar dos dias e minhas infinitas tentativas, ele desenvolveu confiança
comigo e começou a demonstrar motivação em realizar tarefas, principalmente nas
tentativas de escrever, pedindo que eu ficasse do seu lado, questionava quando
tinha dúvidas.
Ele me surpreendeu esta semana
quando, depois de 3 semanas do final do meu estágio, veio me entregar um lindo cartão
que ele mesmo confeccionou em casa.
A contratransferência é a resposta
emocional do professor aos estímulos provenientes do aluno. A minha contratransferência:
tem como não amar?
Postagem
revisitada:
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