terça-feira, 11 de dezembro de 2018


O DESEJO DE SABER

Lendo a postagem do meu blog intitulada “O desejo de saber, a transferência e contratransferência e suas repercussões na sala de aula, um trecho desta postagem me fez lembrar do aluno que citei no meu projeto de estágio e que está oscilando entre o nível silábico e silábico-alfabético da escrita, de acordo com Emília Ferreiro.
Na postagem escrevi “O aluno tem o desejo de saber quando seu professor conquistou uma importância especial. Através dessa importância conquistada o professor tem poder sobre o aluno.[...] A transferência permeia qualquer relação humana. Acontece quando o desejo de saber do aluno se volta para o professor e a ele atribui um sentido especial”.
Esse aluno no início do estágio (não sou a professora titular da turma) ficava isolado, demonstrava certa falta de vontade em realizar as tarefas, perguntava a todo momento para ir ao banheiro (para mim esta última atitude era uma forma de driblar a aula). Com o passar dos dias e minhas infinitas tentativas, ele desenvolveu confiança comigo e começou a demonstrar motivação em realizar tarefas, principalmente nas tentativas de escrever, pedindo que eu ficasse do seu lado, questionava quando tinha dúvidas.
Ele me surpreendeu esta semana quando, depois de 3 semanas do final do meu estágio, veio me entregar um lindo cartão que ele mesmo confeccionou em casa.
A contratransferência é a resposta emocional do professor aos estímulos provenientes do aluno. A minha contratransferência: tem como não amar?



Postagem revisitada:

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