domingo, 29 de novembro de 2015

Quando as crianças ainda não sabem ler


Para trabalhar com crianças que ainda não sabem ler precisamos inseri-las em práticas sociais que envolvam a leitura mesmo antes da aquisição desta habilidade para que desta maneira elas possam construir hipóteses sobre a língua escrita e ampliando suas concepções iniciais. Inicialmente as crianças passam por momentos em que não compreendem que as letras são objetos substitutos. Depois compreendem que um conjunto de letras representa um nome e que este nome tem propriedade, e assim sucessivamente vão ampliando seu repertório de conhecimento sobre a língua escrita. Oferecendo desafios e diversas práticas de leitura e escrita estamos auxiliando as crianças a obterem êxito no processo de alfabetização.
ATOS FALHOS E INCONSCIENTE

Os atos falhos na explicação de Freud ocorrem quando memórias do nosso inconsciente vem à tona e, por exemplo, a gente reproduz uma fala sem querer. Podemos classificar os atos falhos em três tipos: atos falhos na linguagem (fala, escrita, leitura); atos falhos na memória (esquecimento), atos falhos no comportamento (perturbações do controle motor – cair, derrubar)

O inconsciente corresponde aquilo que não está na consciência, mas alguma coisa que eu posso recuperar em algum momento. Espaço próprio do ser humano e que é inacessível.
CONCEITOS DE ID, EGO E SUPEREGO – FREUD

O Id representa nossos instintos e impulsos, um elemento desconhecido sob o qual a gente não tem controle, regidos pelo princípio de prazer. Corresponde à fonte de energia psíquica de uma pessoa que desconhece a realidade objetiva.

O Ego nos ajuda a compreender o mundo interno e externo. Tudo o que é consciente se liga ao Ego, é quem estabelece o equilíbrio entre as forças do Id e as ordens do Superego. Representa a razão e a racionalidade.


O Superego corresponde a uma censura internalizada, ou seja, quando deixamos de fazer alguma coisa porque sabemos que esta atitude não é correta. Representa o mundo externo, uma censura das pulsões que a sociedade e a cultura impõem ao Id impedindo-o de satisfazer plenamente seus instintos e desejos. Não podemos falar tudo o que pensamos: “censura moral”; são os pensamentos que aparecem quando a gente se critica e se sente culpado. O superego faz a seleção e a repressão dos nossos impulsos.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

MANIFESTO DOS PIONEIROS DA EDUCAÇÃO NOVA

O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova foi instituído por reformistas como Anísio Teixeira, Lourenço Filho, Fernando de Azevedo entre outros, no ano de 1932. No total, 26 intelectuais brasileiros assinaram este manifesto, destes, 23 homens e três mulheres.
        Estes reformistas e demais escolanovistas defendiam a ideia de que era necessário mudar a maneira de se fazer educação ou os mesmos erros aumentariam de tamanho, ou seja, era preciso definir uma direção para a educação brasileira.
Este manifesto serviu de base para a educação brasileira até os dias atuais. Naquela época já se pensava num sistema educacional organizado, numa maneira de renovar a escola tradicional, de rever qual a verdadeira função social da escola.
O manifesto defende a educação pública como um direito de todos os cidadãos, bem como sua gratuidade e obrigatoriedade, sendo o estado o responsável por garantir este direito ao cidadão.

O manifesto dos pioneiros da educação nova também defende uma educação integral, uma educação que vá de encontro aos interesses dos indivíduos e não de uma classe social. Uma educação onde ocorra uma troca de experiências capaz de despertar um interesse e uma ação a partir da vivência dos educandos, valorizando uma educação integral, já que somos seres sociais.

domingo, 22 de novembro de 2015

Educação no Brasil



Na disciplina de Escolarização, espaço e tempo na perspectiva histórica aprendemos sobre a Educação no Brasil, dividida em três períodos, os quais vou descrever abaixo, com alguns pontos principais de cada um.

1º período: Colonização 


  • Educação religiosa (jesuítica).
  • A criança era vista como um adulto em miniatura.
  • Dom Pedro I assume o Brasil com 12 anos.
  • A primeira experiência de escolarização foi em 1827  com as escolas de primeiras letras em vilas e cidades, atingindo até o 4º ano.
2º período: Proclamação da República

  • Houve uma mudança da cultura rural para a cultura urbana; da sociedade escravocrata para não escravocrata.
  • o analfabetismo atingia mais de cinquenta por cento da população.
  • Em 1930 começa o movimento pela educação pública como uma questão nacional.
  • Mulheres, negros e índios não podam participar da decisão política.
  • ocorreu o manifesto da Escola Nova.
  • Introdução da educação Moral e Cívica no currículo escolar.
  • Primeira LDB (Lei de Diretrizes e Bases) em 1961:coloca o ensino primário como obrigatório para estados e municípios.
3º período: Democrático

  • Surge na década de 80 e é o período que estamos vivendo hoje.
  • Ensino pensado na totalidade com a Constituição de 1988: do fundamental o médio e superior.
  • A LDB diz que a educação ocorre nos diversos espaços.
  • O Plano Nacional de Educação trata do financiamento público, fim do analfabetismo, a escola de tempo integral, o piso regional, a educação pré-escolar, entre outros aspectos.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015


O desejo de saber, a transferência e contratransferência e suas repercussões na sala de aula

       Segundo o pensamento de Freud, existe alguma razão que desperta o aluno na busca por novos conhecimentos e também porque alguns tem um maior interesse e outros não. Freud acredita que a criança começa a despertar o desejo de aprender a partir do momento em que percebe que existem diferenças de sexo, que existem diferenças entre corpos de meninos e de meninas e, a partir deste ponto, começam a fazer comparações, surgindo o interesse em descobrir outras coisas como, por exemplo, “de onde eu vim”.
        Em relação à educação, é importante que nós, professores possamos compreender que tentar suprimir as pulsões parciais (desejo de saber porque meninos são diferentes das meninas, de onde a criança veio) podem ocasionar efeitos como a neurose.

  • ·        Aprendemos na relação com outras pessoas, portanto, não há ensino sem professor. O aluno tem o desejo de saber quando seu professor conquistou uma importância especial. Através dessa importância conquistada o professor tem poder sobre o aluno.
  • ·     Na escola os professores tomam o lugar dos pais e os sentimentos que se mantêm nessa relação são os sentimentos que a criança dirigia ao pai ou à mãe no momento da resolução do complexo de Édipo.
  • ·         O desejo de aprender transfere sentido e poder à figura do professor.
  • ·     A transferência permeia qualquer relação humana. Acontece quando o desejo de saber do aluno se volta para o professor e a ele atribui um sentido especial.
  • ·         O aluno transfere ao professor as experiências anteriormente vividas com seus pais.
  • ·     A contratransferência são os resultados da influência do aluno nos sentimentos do professor. É o inconsciente do professor se manifestando em relação às transferências de sentimentos de “amor” ou de “ódio” que partem dos alunos.

             Para complementar meus estudos, além do material disponibilizado pela professora, fiz a leitura do artigo "PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM: UM OLHAR DIFERENCIADO PARA A RELAÇÃO PROFESSOR – ALUNO"
         disponível em http://www.conteudo.org.br/index.php/conteudo/article/viewFil%20e/31/29

domingo, 15 de novembro de 2015

Infância e erotização


      Ao mesmo tempo em que as crianças são consideradas puras e ingênuas, a mídia veicula imagens erotizadas de crianças, principalmente de meninas, usando-as como um forte apelo comercial e, ao mesmo tempo em que são consumidoras, são consideradas objetos a serem consumidos. Ao mesmo tempo em que se tenta combater atitudes ligadas a sexualidade das crianças, como a pedofilia (práticas sádicas com crianças ou à contemplação de fotos e imagens sensuais), a erotização infantil, pelo que se percebe, vem sendo estimulada e não combatida.