domingo, 2 de setembro de 2018


E VAMOS PARA O ESTÁGIO!

Hoje concluí o planejamento da primeira semana de estágio, já que pretendo iniciar dia 10. Além disso, criei o espaço no Pbworks para a postagem das aulas e informações a respeito da escola.
Outro dia em uma palestra, a palestrante disse uma frase que, durante meu planejamento, me fez refletir bastante: “Educação é um ato político porque estamos sempre tomando decisões”. Assim eu me senti durante meu planejamento, pensando e planejando uma melhor organização da aula, qual atividade preciso desenvolver de acordo com aquele conteúdo, como posso ligar uma atividade à outra e tantas outras coisas.
Mas que a minha tomada de decisão possa fazer a diferença na vida de meus alunos durante este estágio.

sábado, 25 de agosto de 2018


AULA PRÁTICA QUE TERMINA EM LANCHE

O primeiro ano do ensino médio do turno da noite da escola estadual onde trabalho  é, para mim, um grande desafio. São alunos oriundos de diversas escolas, muitos repetentes, quase todos trabalham no período diurno. Às vezes fica difícil trabalhar conteúdos complexos da disciplina de Biologia de uma forma que eles compreendam se sintam interessados.
Pensando nisso, resolvi fazer uma atividade muito diferente, a qual eu nunca havia feito antes. Para entender um pouco sobre o processo de fermentação realizada pelos seres vivos, usamos como exemplo o fermento de pão, composto de seres vivos que são fungos microscópicos, chamados leveduras.
Quem botou a mão na massa foram os alunos. Instruída pela minha mãe a preparar a massa, fui orientando o processo. Colocamos primeiro o fermento com água morna e açúcar. O açúcar serve de alimento para o fungo e a água morna ajuda a ativar o processo.
Depois colocamos os outros ingredientes: um pouco de azeite, sal e farinha. Enquanto os alunos botavam a mão na massa, fomos conversando sobre o processo de fermentação, que precisa de glicose(açúcar) e, durante o processo, libera gás carbônico e álcool. O gás carbônico é o responsável pelo crescimento da massa. O álcool evapora durante o processo de cozimento, por isso não ficamos bêbados quando comemos pão.
A massa foi sovada e transformada em um boneco pelos alunos e, em seguida, foi levado para assar na cozinha da escola.
Enquanto o boneco assava, os alunos fizeram o relatório da atividade por meio de questionamentos como:
- Listar os ingredientes utilizados.
- Porque adicionamos água morna e açúcar à mistura inicial?
- Qual o gás liberado durante o processo e que é o responsável pelo crescimento da massa?
- Se durante o processo de fermentação é produzido álcool, porque não ficamos bêbados quando comemos pão?

Negociei com a professora do último período da noite para a degustação do pão, já que meus períodos eram os primeiros. Os alunos amaram tanto a atividade que me procuravam nas outras salas para dizer: “Profe, o boneco está engordando”, ou “profe, está ficando lindo, quando vamos comer? ”. Me encantei quando a vice-diretora os questionou sobre o que fizemos e eles souberam explicar direitinho, tal e qual o relatório. Fiquei muito feliz com o resultado.






E LÁ VAMOS NÓS!

Vamos a mais um semestre! Agora me sinto um pouco ansiosa em razão do estágio, mas estou feliz por ter chegado até aqui e ter aprendido tanto! Quero aplicar muitos destes conhecimentos aprendidos desde o início do curso no meu estágio. Que eu possa sempre encantar meus alunos com tudo o que tenho a ensinar.

“Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino”. Paulo Freire


Fonte da imagem: <http://wikiclipart.com/social-studies-clipart_23000/> Acesso em 25/08/2018

domingo, 3 de junho de 2018

POR QUE O TEMAS GERADORES SÃO IMPORTANTES?

      Para Paulo Freire, precisamos levar o aluno a compreender o mundo, ou seja, conscientizá-lo através de uma aula que desenvolva sua criticidade e que desperte sua inquietação. Ainda, segundo ele, uma educação bancária mata a criatividade dos alunos, o espírito investigador e a curiosidade. Em uma educação libertadora, o papel do professor é levar os alunos a conhecer conteúdos, mas não como verdade absoluta. Além disso, Freire defende a ideia de que professor e aluno aprendem juntos mediados pelo mundo e que os alunos chegam à escola trazendo uma cultura que, de forma afetiva e democrática, em sala de aula, professor e aluno aprenderão juntos. De acordo com o método de alfabetização de adultos que leva seu nome, mas que pode ser transportado para outras modalidades de ensino, Freire propõe a valorização da cultura dos alunos de modo que, dessa cultura sejam extraídas palavras-chave ou palavras geradoras cheias de significado, que partam da realidade, do cotidiano e das vivências dos alunos, sendo decodificadas para a aquisição da palavra escrita e da compreensão do mundo. Esse método de palavras-chave ou palavras geradoras é muito usado ainda em programas de alfabetização em diversos países.  Este método estrutura-se em três etapas: Investigação, onde professor e alunos buscam em conjunto palavras-chave e temas significativos do mundo em que estes vivem; tematização onde professor e alunos analisam os significados sociais das palavras, tomando consciência do mundo vivido; e problematização, onde o professor desafia e inspira seus alunos a construírem uma visão crítica, partindo para a transformação do contexto vivido. Os temas geradores referem-se a assuntos que partem do interesse do aluno. Por meio deles, o aluno é capaz de compreender melhor o contexto em que está inserido. É importante, em elação aos temas geradores, trabalhar muito com a oralidade, favorecendo o convívio e a troca entre as pessoas.


EJA NA PRÁTICA

Ao realizar o trabalho de campo na interdisciplina de EJA percebo que muitas coisas evidenciadas durante as leituras disponibilizadas se assemelham com o que ouvimos dos alunos durante a entrevista. Entre outras palavras, o desejo de ter uma vida melhor, a possibilidade de conquistar um emprego melhor, de fazer uma faculdade, de ser alguém na vida, de sentir-se possuidor do conhecimento que o estudo proporciona foram algumas das falas que ouvimos. Outras coisas em comum que pudemos detectar foram os motivos pelos quais precisaram abandonar os estudos na infância/adolescência: distancia da escola e necessidade de ajudar no sustento da família. Saber o que os alunos almejam ao retornar aos bancos escolares é fundamental para saber que papel a escola deve desempenhar em suas vidas. Nosso desejo é que a escola consiga abrir os horizontes destas pessoas e possa contribuir na construção de seus sonhos.

quinta-feira, 31 de maio de 2018


PAULO FREIRE SOBRE OS TEMAS GERADORES

Algumas considerações sobre o capítulo III do livro Pedagogia do Oprimido, de Paulo Freire.

A palavra que não tem ação e reflexão, portanto práxis, é uma palavra oca. Mas, se somente enfoca a ação, sem reflexão, trata-se de um ativismo e isto impossibilita o diálogo. É na palavra, no trabalho, na ação-reflexão que os homens se fazem, e esta ação é um direito de todos, por meio do diálogo, que é uma exigência existencial. E não há diálogo se não há um profundo amor ao mundo e aos homens. Amor é ato de coragem. Não há diálogo se não há humildade. Como posso dialogar se sempre percebo a ignorância no outro, nunca em mim? A autossuficiência é incompatível com o diálogo. Também não há diálogo se não existir fé nos homens e no seu poder de fazer e refazer. O diálogo com amor, humildade e fé gera confiança. Por isso que não existe confiança na concepção bancária da educação. Dizer uma coisa e fazer outra não gera confiança. Além disso, não há diálogo verdadeiro se não existe um pensar verdadeiro, um pensar crítico. Pensar crítico que transforme a realidade, mas o pensar crítico precisa do diálogo. Sem ele também não há comunicação, portanto não há educação. A educação bancária tem a característica de atuar sobre os homens como forma de dominá-los e adaptá-los. Quem a pratica são os dominadores. Na educação dialógica, o objetivo é libertar o povo e libertar-se com ele. Um programa que se constitui em uma “invasão cultural” não traz resultados positivos, mesmo que tenha a melhor das intenções. É a partir da realidade mediatizadora que se buscará o conteúdo programático da educação. É essa busca que permite o diálogo da educação como prática da liberdade e é também o que chamamos “temas geradores”.  


Fonte da imagem: <https://www.paulofreire.org/noticias/435-livro-de-paulo-freire-%C3%A9-o-%C3%BAnico-brasileiro-em-top-100-de-universidades-de-l%C3%ADngua-inglesa> Acesso em 31/05/2018

sábado, 12 de maio de 2018


ATIVIDADES QUE AUXILIAM NO DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM

Assistindo ao vídeo “LINGUAGEM ORAL E ESCRITA: ATIVIDADE DE LINGUAGEM ORAL ” proposto na interdisciplina de Linguagem e Educação eu pude (re)aprender muitas atividades importantes para auxiliar as crianças no desenvolvimento da linguagem.
Dos 18 meses aos 3 anos é importante escutar as crianças e dar atenção e sentido as falas delas, responder suas interrogações. Um excelente recurso são as rodas de conversa, com espaço físico delimitado e com a professora também sentada no chão junto as crianças. A duração da roda depende do interesse da criança. Brincadeiras como ovo-choco, passa anel, descobrir a surpresa podem ser desenvolvidas na roda. O professor deve estimular as crianças a falarem sobre diversos assuntos. Além da roda de conversa para auxiliar as crianças no desenvolvimento da linguagem o professor pode mostrar gravuras com objetos variados e pedir para a criança identificar dizendo o nome. Pode também mostrar 3 a 4 gravuras em sequência e construir uma história oral, que pode ser anotada pela professora para posteriormente ler às crianças. Contar histórias é muito importante e, após a contação, explore-a por meio de perguntas que estimulem o recontar. Ofereça diversos tipos de canções para as crianças escutarem, além e pequenos poemas. Deixe as crianças desenharem livremente e peça para que falem sobre seus desenhos. O professor pode registrar o relato da criança sobre o desenho. Dê incentivo as atividades de faz-de-conta, oportunize aos seus alunos atividades de dramatização com fantasias ou fantoches.
Dos 3 aos seis anos as rodas de conversa também são um importante recurso para auxiliar as crianças no desenvolvimento da linguagem. Elas podem ser utilizadas para planejar rotinas, estabelecer combinados, levantar ideias sobre projetos a serem desenvolvidos, construir textos coletivos, propor trabalhos específicos. Pode-se organizar as rodas para falar livremente ou rodas dirigidas. Outro recurso importante é a leitura diária de livros infantis, de todos os tipos que as crianças gostam e de assuntos variados, pois favorece o raciocínio, o aumento do vocabulário, a compreensão de situações do cotidiano e contribui para fazer da criança um bom leitor. Além disso, estimule a recontagem de histórias de forma oral ou escrita, proponha atividades de narrativa começando por jogos de perguntas e respostas. As crianças gostam muito de entrevistar pessoas, então o professor pode  organizar um momento de entrevista com alguém da escola, do bairro, um profissional para obter informações sobre um determinado assunto. Organize com seus alunos debates sobre assuntos polêmicos, apresentações orais de textos memorizados, poesias, parlendas, histórias, atividades de dramatização de histórias até situações do dia-a-dia, como um mercadinho, um consultório médico ou programas de TV.
Temos enfim diversas e interessantes sugestões de atividades que auxiliam a criança no desenvolvimento da linguagem que podem assumir modalidades variadas de acordo com a clientela, os objetivos, os recursos.


Link do vídeo: <https://www.youtube.com/watch?v=EAUrfZoEM7Y> Acesso em 12 de maio de 2018


Fonte da imagem: <http://tatiana-alfabetizacao.blogspot.com.br/2014/03/a-hora-da-roda.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed:+OMundoDaAlfabetizao+(O+Mundo+da+Alfabetiza%C3%A7%C3%A3o)> Acesso em 12 de maio de 2018.