domingo, 16 de dezembro de 2018

BRINCANDO E APRENDENDO COM A MATEMÁTICA

Durante o meu estágio realizei algumas atividades lúdicas envolvendo a matemática: exploração dos blocos lógicos, composição de números utilizando o material dourado manipulável, construção de gráfico a partir de uma situação concreta envolvendo uma eleição simulada, jogo Faça 10, cabo-de-guerra, multiplicação dos ingredientes da receita de massinha de modelar, já que queríamos fazer 5 receitas.
Estas foram atividades nas quais os alunos mais se envolveram. Um aluno a turma tem muita dificuldade na fala e, por consequência, na escrita. Então ele demanda de um tempo muito maior para concluir as atividades que exigem escrita. Mas, quando envolve operações, principalmente orais, ele é o primeiro a dar respostas. Atividades matemáticas em fichas, ele também se sobressai. Um dia eu comentei com ele: hoje você foi o primeiro a concluir a atividade; quero ver mais vezes isso acontecer. Ele me respondeu: mas é que eu gosto de matemática.
O jogo cabo-de-guerra foi uma atividade da semana da criança. Eles aprenderam a jogar na escola e, depois, cada um levou um jogo para casa para jogar com as suas famílias. Estas são formas divertidas de se aprender matemática.
  


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https://blogpaulamarchesini.blogspot.com/2016/10/experienciapessoal-envolvendo.html

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O JOGO

É importante permanecer na aprendizagem a dúvida, a inquietação e o prazer para que a aula não se torne um local de desinteresse. É por meio do jogo que expressam as angústias, se busca satisfação e se entra em contato com os outros. Brincar desenvolve a tolerância e a frustração. Muitas vezes nos queixamos de que as crianças não sabem trabalhar em grupo. Mas, como vão aprender a trabalhar em grupo se nunca oportunizamos estes momentos? “Trabalha-se em grupo para se aprender a jogar em grupo. Joga-se para se aprender a jogar”.
Várias destas ideias citadas acima observei ao aplicar o jogo Faça 10 com a turma do meu estágio. Brincar desenvolve a tolerância e a frustração: isso observei em uma menina, que não queria mais jogar porque não tinha ganho o maior número de pontos na primeira jogada. Eu havia impresso uma ficha onde os alunos anotavam os pontos de cada componente do grupo em cada rodada do jogo. Então foi a hora de fazer minha interferência: expliquei que estávamos jogando para aprender e não para ganhar sempre, que nem sempre na vida podemos ter tudo o que queremos, que precisamos respeitar o momento do outro e entender que, por eu não ser único no mundo, há dias mais fáceis e dias mais difíceis, assim como no jogo. Depois dessa minha fala, abracei a menina e ela sentiu-se confiante para voltar a jogar.
O que eu percebi com isso? O jogo, além de estimular as operações mentais, ajuda a criança a se desenvolver como pessoa, a ser mais tolerante e saber lidar com as frustrações.



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MEMÓRIA VISUAL

Desenvolver a memória é um aspecto importante para a aprendizagem. A memória visual é a capacidade de reter e lembrar de estímulos visuais observados. Por meio desta habilidade a criança consegue, por exemplo, memorizar as letras que formam uma palavra possibilitando que a reconheça quando a ver novamente, conseguindo fazer, com esta palavra, associações e relações.
Pensando nisso, resolvi aplicar uma atividade diferente para que os alunos do ensino médio pudessem relembrar o momento e recordar das estruturas celulares. Usando o aplicativo Quiver Vision e o desenho de uma célula disponibilizado pelo próprio aplicativo, cada aluno coloriu o seu desenho que, com a câmera do celular, foi possível verifica-lo em um formato 3D e, além disso, interagir com a imagem. Os alunos amaram a atividade.


 



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A CASA E O SEU DONO
Elias José

Fazendo a postagem sobre a poesia no Brasil, a tutora me questionou de que forma eu utilizo deste gênero em sala de aula. Fizemos um planejamento para a interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação e eu escolhi trabalhar o poema “A casa e o seu dono”, de Elias José. A atividade foi aplicada a uma turma de pré-escola, nível B.
Na oportunidade contei as crianças a histórias usando imagens dos animais com suas respectivas casas. As crianças achavam graça das rimas e uma única vez foi suficiente para que eles gravassem o poema e o recontassem direitinho apenas observando as imagens. Como tarefinha de casa, cada criança inventou um tipo de casa que rimasse com seu nome, com ajuda de suas famílias. Os trabalhos ficaram maravilhosos.
Vale destacar que a poesia é um excelente recurso para trabalhar a oralidade e é uma maneira lúdica de expandir o universo da criança.


 

  

 




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BRINCAR...

Brincar é coisa séria. Brincar pode se referir a um jogo, uma brincadeira de roda, a prática de um esporte, uma brincadeira individual em que a criança está representando cenas de adultos ou cenas do dia-a-dia com brinquedos como bonecas, carrinhos, panelinhas, sucatas, entre outros, e é uma forma simbólica de expressar nossos desejos, assim como o sonho e a fantasia.
Piaget, na teoria do construtivismo, estuda a forma como construímos conhecimento, como criamos estruturas mentais enquanto nos desenvolvemos para compreendermos o mundo à nossa volta e que brincar e jogar relacionam-se com a construção dessas estruturas mentais.
            Na turma do meu estágio, procurei organizar momentos de brincadeira, mesmo sem prever no planejamento. Os alunos pediam para brincar de morto-vivo, com os legos, ou com o jogo academia de ginástica cerebral para crianças. Em algum momento da aula, encaixávamos por uma parte do tempo alguma destas brincadeiras, que acabavam por promover a integração da turma e o momento em que as crianças se expressavam. Também organizei momentos com atividades planejadas que envolviam as crianças em brincadeiras como o jogo do bingo, cabo-de-guerra, Boole, entre outros.

Imagem do jogo Faça 10

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quinta-feira, 13 de dezembro de 2018


E FALANDO DE LEITURA ...

No Domingão, o Faustão sempre se refere à leitura como “alongamento para o cérebro”. Em 2016 fiz uma postagem falando sobre a importância da leitura citando alguns trechos da fala de Emília Ferreiro durante entrevista à Revista Nova Escola. Nesta entrevista, ela coloca que ler em voz alta para uma criança, demonstrando afeto pelo livro, desperta a sua curiosidade em querer saber e compreender aquilo que ainda não consegue. Desta forma estamos introduzindo a criança na cultura escrita.
Também citei o projeto de leitura em uma das escolas que trabalho que já era desenvolvido na época. Agora, com orgulho, posso dizer que a outra escola também aderiu ao projeto no início de 2017, onde são dedicados 20 minutos diários exclusivamente à leitura em cada turno.
Quero destacar aqui que a escola, além da família, também tem papel fundamental no incentivo à leitura, uma vez que a realidade brasileira, quando nos referimos à leitura, nos mostra que o acesso de grande parte da população aos livros é muito restrito.
Esse incentivo das duas escolas à leitura não se deu apenas em relação aos alunos. Eu, professora, me sinto um fruto sendo colhido deste projeto. Eu que reservava tempo para leitura de livros apenas nos períodos de férias ou recesso escolar, agora tenho sempre um livro em andamento e estou investindo inclusive na compra de alguns e entrando na fila da biblioteca para a leitura de outros. Como eu gostaria de ter participado de um projeto destes na época em que eu era aluna do Ensino Fundamental.



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AULA MAGNA - UFRGS
A UTILIDADE DOS SABERES INÚTEIS – NÚCCIO ORDINE

Revisando a postagem sobre a aula magna da UFRGS em março de 2016 na qual Núccio Ordine fala sobre “A UTILIDADE DOS SABERES INÚTEIS”, vejo que muitas coisas que destaquei fazem parte do papel de uma escola, como, por exemplo, o seguinte trecho: “A maioria dos alunos confessa que entra na escola para conquistar um diploma. Nuccio Ordine coloca que o objetivo da escola e da universidade é fazer com que nossos alunos compreendam que não entramos numa escola para conseguir um diploma e que não se frequenta a universidade para conseguir um título, mas sim, para se tornar uma pessoa melhor, para se tornar uma pessoa crítica, para se tornar homens e mulheres livres e capazes de pensar com autonomia”.
Pensando desta forma, agora, quase na etapa final do curso de Pedagogia, percebo o quanto me transformei de forma pessoal, mas, acima de tudo, profissionalmente com tudo que experimentamos e vivenciamos ao longo desta graduação. Ter a oportunidade de estudar para a melhoria da prática pedagógica é um esforço que trará benefícios aos sujeitos mais importante desse processo: meus alunos. Sem eles, meu trabalho é insignificante.
O que eu fiz foi investir da educação. E, como disse Núccio Ordine na aula magna, “investir na educação e na cultura significa educar os jovens para a justiça, para a solidariedade, para a tolerância, para a recusa da corrupção, para a democracia, com o objetivo de aperfeiçoar não somente o crescimento cultural do país, mas também o seu crescimento econômico. Corrupção é combatida parcialmente com boas leis e, especialmente, com uma boa escola e com uma boa universidade, formando estudantes capazes de amar o bem comum e de se opor a lógica de obter o lucro em si mesmo e do egoísmo”.

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terça-feira, 11 de dezembro de 2018


O DESEJO DE SABER

Lendo a postagem do meu blog intitulada “O desejo de saber, a transferência e contratransferência e suas repercussões na sala de aula, um trecho desta postagem me fez lembrar do aluno que citei no meu projeto de estágio e que está oscilando entre o nível silábico e silábico-alfabético da escrita, de acordo com Emília Ferreiro.
Na postagem escrevi “O aluno tem o desejo de saber quando seu professor conquistou uma importância especial. Através dessa importância conquistada o professor tem poder sobre o aluno.[...] A transferência permeia qualquer relação humana. Acontece quando o desejo de saber do aluno se volta para o professor e a ele atribui um sentido especial”.
Esse aluno no início do estágio (não sou a professora titular da turma) ficava isolado, demonstrava certa falta de vontade em realizar as tarefas, perguntava a todo momento para ir ao banheiro (para mim esta última atitude era uma forma de driblar a aula). Com o passar dos dias e minhas infinitas tentativas, ele desenvolveu confiança comigo e começou a demonstrar motivação em realizar tarefas, principalmente nas tentativas de escrever, pedindo que eu ficasse do seu lado, questionava quando tinha dúvidas.
Ele me surpreendeu esta semana quando, depois de 3 semanas do final do meu estágio, veio me entregar um lindo cartão que ele mesmo confeccionou em casa.
A contratransferência é a resposta emocional do professor aos estímulos provenientes do aluno. A minha contratransferência: tem como não amar?



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QUANDO AS CRIANÇAS AINDA NÃO SABEM LER

Ao revisitar meu blog, encontrei a postagem que fala sobre as crianças que ainda não sabem ler. Mas esse “não saber ler” se refere à língua escrita por meio de códigos que chamamos de letras, pois, como diz Paulo Freire, a leitura de mundo precede a leitura da palavra. Por isso, é importante inseri-las em práticas sociais que envolvam a leitura mesmo antes da aquisição desta habilidade. Oferecendo desafios e diversas práticas de leitura e escrita estamos auxiliando as crianças a obterem êxito no processo de alfabetização.
Na escola onde fiz o meu estágio, todos os dias, cada turno dedica 20 minutos exclusivamente à leitura. De manhã, que era o turno do meu estágio, a leitura acontece das 8 às 8:20. Depois de alguns dias de estágio, usava um tempinho desse período para ler às crianças alguma história dos livros que estavam disponíveis a elas na sala de aula. Interessante é que esta simples prática de contar histórias incentiva as crianças a fazerem leitura, porque, depois da contação, todos queriam ler o livro da história que a profe contou.

Postagem revisitada:

https://blogpaulamarchesini.blogspot.com/2015/11/quandoas-criancas-ainda-nao-sabem-ler.html