sábado, 12 de maio de 2018


AULA PRÁTICA: EXTRAÇÃO DO DNA DO MORANGO E DA SALIVA

Realizei com os meus alunos das três turmas do 3º ano do ensino médio a aula prática de extração do DNA do morango e da saliva. Confesso que às vezes deixamos de lado estas atividades tão significativas porque queremos “dar conta do conteúdo” antes que o ano termine. Se tem uma coisa que o curso de Pedagogia tem me ensinado é a importância da atividade prática em sala de aula, do quanto os alunos se envolvem. Foi muito bom chegar na sala da turma do 3º ano da noite e ouvir deles a seguinte frase quando anunciei que iríamos ao laboratório: “ah bom profe, pensamos que você não fosse fazer esta atividade com a gente”. Falaram isso porque eu havia postado as fotos do experimento com as turmas do turno da manhã em minha página no Facebook e estavam na expectativa. Além de saber sobre a importância deste tipo de atividade, melhor ainda foi ler os comentários sobre o experimento no relatório, que podem ser conferidos nas imagens abaixo.










 


domingo, 6 de maio de 2018


DECROLY E OS CENTROS DE INTERESSE

Os centros de interesse correspondem ao um método educacional desenvolvido pelo educador belga Ovide Decroly com o objetivo de romper com a rigidez dos métodos escolares e do ensino fragmentado e poder oferecer condições de efetiva aprendizagem ao aluno, de forma que os prepare para viver em sociedade, a partir da integração e a globalização dos conteúdos escolares. Para isso, Decroly esquematizou quatro elementos fundamentais de acordo com as necessidades das crianças: alimentação; luta contra intempéries; ação solidária, descanso e diversão; defesa contra perigos e inimigos.  
Trabalhar com centros de interesse permite que os alunos satisfaçam seus interesses, partam de experiências concretas a partir de suas  vivências, estejam envolvidos em situações de aprendizagens concretas e na realização de atividades variadas, se integrem afetivamente na escola, desenvolvam a participação e a criatividade, compreendam a importância do seu desempenho individual, bem como a formação do sentimento de respeito ao outro, entre tantas outras coisas.
Primeiramente o professor deve escolher o tema e este deve ser retirado da realidade do aluno. Na sequência, deve-se propor os objetivos para que a estratégia traga bons resultados. Depois são definidos os conteúdos relacionados com o tema e as situações de experiência.
Nora Cecília Bicaccio Cimel propõe no texto em que lemos uma forma de organizar o planejamento:
Tema (título):
Objetivos:
Conteúdos conceituais (subtemas):
Conteúdos procedimentais (que serão listados na tabela abaixo):
CONTEÚDO
OBSERVAÇÃO

EXPERIÊNCIAS

EXPRESSÃO

ATIVIDADES
ASSOCIAÇÕES

CONSTRUÇÕES







Nos centros de interesse, Decroly propõe que o professor esteja atento a três tipos de experiências que devem ser desenvolvidas adequadamente: observação direta sobre a realidade do aluno, observação indireta e expressão. Quanto mais oportunidades oferecidas aos alunos, melhor serão as construções feitas por eles.

REFERÊNCIAS:

CIMEL, Nora Cecília Bocaccio. Centros de interesse: estratégia utiliza multidisciplinaridade para desenvolvimento global. Revista do professor, Porto Alegre, 2004.


domingo, 29 de abril de 2018


IMPORTÂNCIA DA INTERAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM

Sobre o desenvolvimento da linguagem na criança, o vídeo “LINGUAGEM ORAL E ESCRITA: INÍCIO DA COMUNICAÇÃO A LINGUAGEM ORAL” trouxe grandes esclarecimentos e reforçou algumas ideias que já havíamos lido nos textos e as colocações de Piaget e Vygotsky sobre a importância da interação social.
A criança aprende a verbalizar por meio da fala do outro, repetindo-a. aprender a falar não é apenas memorizar sons e palavras, pois a linguagem está articulada ao pensamento, sentimentos, sensações e desejos.
As crianças podem fazer com que sejam compreendidas e compreendem os outros muito antes de se expressarem pela linguagem. Ao longo do seu desenvolvimento, as crianças fazem experiências com sons e palavras referentes a diferentes situações de comunicação: imitam situações que escutam dos adultos nas brincadeiras. Diálogos com os adultos, brincadeiras de faz-de-conta, canções, parlendas, rimas entre outros constituem excelentes recursos para o desenvolvimento da linguagem na criança.
Vale salientar que as crianças têm ritmo próprio e a conquista de suas capacidades linguísticas se dá em tempos diferenciados, porém, a participação em situações de linguagem colabora para a aquisição da linguagem fluente. Além disso, quanto mais a criança desenvolve a fala, mais desenvolve a capacidade de raciocinar e de fazer interações intelectuais e verbais mais elaboradas.
Fonte da imagem: <http://dibafono.blogspot.com.br/2010/04/linguagem-dos-bebes.html> Acesso em 29 de abril de 2018


LINGUAGEM NOS BEBÊS
Foi muito interessante assistir ao vídeo “LINGUAGEM ORAL E ESCRITA: INÍCIO DA COMUNICAÇÃO A LINGUAGEM ORAL” proposto na interdisciplina de Linguagem e Educação. Desde bebê a criança a criança emite sons articulados, de fileiras de sílabas até imitações de palavras.
Os bebês prestam muita atenção a comunicação dos adultos e sons a sua volta, por isso, precisamos analisar caso a criança não demonstre tal reação.
No vídeo vimos sobre a classificação da fala dos bebês:

1)    Fala pré-linguistica: que passa pelas seguintes etapas:
·         Choro: inicialmente igual em todas as situações que pouco a pouco começa a se diferenciar.
·         Gorjeio: a partir do segundo mês, onde o bebê emite sons vocais como “uuuuuuu”.
·         Balbucio: a partir dos 3 a 4 meses, onde o bebê emite sons juntando vogais e consoantes, como “pa pa pa”.
·         Ecolalia: a partir dos 9 a 10 meses. O bebê começa a imitar conscientemente sons do adulto.
·         Jargão expressivo: fileiras de sons que soam como frases, pois têm ritmo e sons, mas não são compreensíveis.

2)    Fala linguística: inicia a partir dos dois anos, quando a criança pronuncia a mesma combinação de sons para se referir a uma pessoa ou a um objeto quando o vê em diversas situações. Exemplo: fala “papa” sempre que vê comida. No início desta fase, a criança pronuncia uma única palavra com valor de uma frase como por exemplo ao dizer “ua” apontando para a rua, ela quer dizer “eu quero ir para a rua”, expressando um pensamento completo. Isso se chama “olófrase”.

Uma curiosidade que aprendi com o vídeo é que a criança de um ano e meio já tem um vocabulário de aproximadamente 50 palavras, mas ainda apresenta características da fala pré-linguítica. Os gestos também representam uma forma de comunicação e apoiam a linguagem oral dos bebês.

Fonte da imagem: <https://www.tuasaude.com/linguagem-dos-bebes/> Acesso em 29 de abril de 2018


domingo, 1 de abril de 2018


TRABALHO EM GRUPO

Nesta semana apliquei um trabalho em duplas em uma turma do ensino médio e uma das duplas me fez o seguinte comentário, mas de forma animada: “profe, não dá para fazer trabalho em duplas, a gente fica discutindo o tempo inteiro porque eu acho que a resposta é de um jeito e ele acha que é de outro, eu acho que uma alternativa está correta e ele acha que é outra”. Eu fiquei feliz com essa observação e também fiz meu comentário: “esse é o objetivo da atividade em duplas, quando vocês discutem para chegar a uma conclusão vocês aprendem muito mais que apenas ouvindo as minhas explicações orais.
Como diz Paulo Freire (1994, p. 134) no livro Pedagogia da Esperança: um encontro com a pedagogia do oprimido: “Ensinar não é transferir conteúdo a ninguém, assim como aprender não é memorizar o perfil do conteúdo transferido no discurso vertical do professor, a aprendizagem não se dá por transferência de conteúdo, mas por interação, que é o caminho da construção”.
Fonte da imagem: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=40188> Acesso em 01/04/2018


FALANDO DE EJA...

Ao ler os textos da interdisciplina de Educação de jovens e adultos, uma frase me chamou a atenção: “o adulto já inserido no mundo do trabalho traz consigo uma história mais longa e acumula reflexões sobre o mundo externo”. Será que as metodologias aplicadas contemplam essas reflexões sobre o mundo externo que o aluno da EJA já possui?



MARCAS PEDAGÓGICAS

Na interdisciplina de didática, planejamento e avaliação fizemos a leitura do texto “"O menininho" de Helen Buckley, o qual conta a história de um menininho bastante pequeno com uma criatividade bastante grande, mas que foi “podado” por sua professora. Por isso, ao chegar na nova escola, sua criatividade estava inibida, pois estava acostumado a tudo ser regrado conforme as ordens da professora. Por isso a importância do nosso papel de educadoras de dar asas aos nossos alunos, não aprisiona-los em uma gaiola. Também fomos questionadas sobre “quais marcas da sua prática pedagógica você gostaria de deixar nos seus alunos?”. A melhor marca é o feedback positivo dos nossos alunos sobre nossas aulas com elogios que enobrecem nosso trabalho, quando eles nos surpreendem com perguntas significativas e quando retornam com ideias além das nossas expectativas.