domingo, 16 de dezembro de 2018

BRINCANDO E APRENDENDO COM A MATEMÁTICA

Durante o meu estágio realizei algumas atividades lúdicas envolvendo a matemática: exploração dos blocos lógicos, composição de números utilizando o material dourado manipulável, construção de gráfico a partir de uma situação concreta envolvendo uma eleição simulada, jogo Faça 10, cabo-de-guerra, multiplicação dos ingredientes da receita de massinha de modelar, já que queríamos fazer 5 receitas.
Estas foram atividades nas quais os alunos mais se envolveram. Um aluno a turma tem muita dificuldade na fala e, por consequência, na escrita. Então ele demanda de um tempo muito maior para concluir as atividades que exigem escrita. Mas, quando envolve operações, principalmente orais, ele é o primeiro a dar respostas. Atividades matemáticas em fichas, ele também se sobressai. Um dia eu comentei com ele: hoje você foi o primeiro a concluir a atividade; quero ver mais vezes isso acontecer. Ele me respondeu: mas é que eu gosto de matemática.
O jogo cabo-de-guerra foi uma atividade da semana da criança. Eles aprenderam a jogar na escola e, depois, cada um levou um jogo para casa para jogar com as suas famílias. Estas são formas divertidas de se aprender matemática.
  


Postagens revisitadas:


https://blogpaulamarchesini.blogspot.com/2016/10/experienciapessoal-envolvendo.html

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O JOGO

É importante permanecer na aprendizagem a dúvida, a inquietação e o prazer para que a aula não se torne um local de desinteresse. É por meio do jogo que expressam as angústias, se busca satisfação e se entra em contato com os outros. Brincar desenvolve a tolerância e a frustração. Muitas vezes nos queixamos de que as crianças não sabem trabalhar em grupo. Mas, como vão aprender a trabalhar em grupo se nunca oportunizamos estes momentos? “Trabalha-se em grupo para se aprender a jogar em grupo. Joga-se para se aprender a jogar”.
Várias destas ideias citadas acima observei ao aplicar o jogo Faça 10 com a turma do meu estágio. Brincar desenvolve a tolerância e a frustração: isso observei em uma menina, que não queria mais jogar porque não tinha ganho o maior número de pontos na primeira jogada. Eu havia impresso uma ficha onde os alunos anotavam os pontos de cada componente do grupo em cada rodada do jogo. Então foi a hora de fazer minha interferência: expliquei que estávamos jogando para aprender e não para ganhar sempre, que nem sempre na vida podemos ter tudo o que queremos, que precisamos respeitar o momento do outro e entender que, por eu não ser único no mundo, há dias mais fáceis e dias mais difíceis, assim como no jogo. Depois dessa minha fala, abracei a menina e ela sentiu-se confiante para voltar a jogar.
O que eu percebi com isso? O jogo, além de estimular as operações mentais, ajuda a criança a se desenvolver como pessoa, a ser mais tolerante e saber lidar com as frustrações.



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MEMÓRIA VISUAL

Desenvolver a memória é um aspecto importante para a aprendizagem. A memória visual é a capacidade de reter e lembrar de estímulos visuais observados. Por meio desta habilidade a criança consegue, por exemplo, memorizar as letras que formam uma palavra possibilitando que a reconheça quando a ver novamente, conseguindo fazer, com esta palavra, associações e relações.
Pensando nisso, resolvi aplicar uma atividade diferente para que os alunos do ensino médio pudessem relembrar o momento e recordar das estruturas celulares. Usando o aplicativo Quiver Vision e o desenho de uma célula disponibilizado pelo próprio aplicativo, cada aluno coloriu o seu desenho que, com a câmera do celular, foi possível verifica-lo em um formato 3D e, além disso, interagir com a imagem. Os alunos amaram a atividade.


 



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A CASA E O SEU DONO
Elias José

Fazendo a postagem sobre a poesia no Brasil, a tutora me questionou de que forma eu utilizo deste gênero em sala de aula. Fizemos um planejamento para a interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação e eu escolhi trabalhar o poema “A casa e o seu dono”, de Elias José. A atividade foi aplicada a uma turma de pré-escola, nível B.
Na oportunidade contei as crianças a histórias usando imagens dos animais com suas respectivas casas. As crianças achavam graça das rimas e uma única vez foi suficiente para que eles gravassem o poema e o recontassem direitinho apenas observando as imagens. Como tarefinha de casa, cada criança inventou um tipo de casa que rimasse com seu nome, com ajuda de suas famílias. Os trabalhos ficaram maravilhosos.
Vale destacar que a poesia é um excelente recurso para trabalhar a oralidade e é uma maneira lúdica de expandir o universo da criança.


 

  

 




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BRINCAR...

Brincar é coisa séria. Brincar pode se referir a um jogo, uma brincadeira de roda, a prática de um esporte, uma brincadeira individual em que a criança está representando cenas de adultos ou cenas do dia-a-dia com brinquedos como bonecas, carrinhos, panelinhas, sucatas, entre outros, e é uma forma simbólica de expressar nossos desejos, assim como o sonho e a fantasia.
Piaget, na teoria do construtivismo, estuda a forma como construímos conhecimento, como criamos estruturas mentais enquanto nos desenvolvemos para compreendermos o mundo à nossa volta e que brincar e jogar relacionam-se com a construção dessas estruturas mentais.
            Na turma do meu estágio, procurei organizar momentos de brincadeira, mesmo sem prever no planejamento. Os alunos pediam para brincar de morto-vivo, com os legos, ou com o jogo academia de ginástica cerebral para crianças. Em algum momento da aula, encaixávamos por uma parte do tempo alguma destas brincadeiras, que acabavam por promover a integração da turma e o momento em que as crianças se expressavam. Também organizei momentos com atividades planejadas que envolviam as crianças em brincadeiras como o jogo do bingo, cabo-de-guerra, Boole, entre outros.

Imagem do jogo Faça 10

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quinta-feira, 13 de dezembro de 2018


E FALANDO DE LEITURA ...

No Domingão, o Faustão sempre se refere à leitura como “alongamento para o cérebro”. Em 2016 fiz uma postagem falando sobre a importância da leitura citando alguns trechos da fala de Emília Ferreiro durante entrevista à Revista Nova Escola. Nesta entrevista, ela coloca que ler em voz alta para uma criança, demonstrando afeto pelo livro, desperta a sua curiosidade em querer saber e compreender aquilo que ainda não consegue. Desta forma estamos introduzindo a criança na cultura escrita.
Também citei o projeto de leitura em uma das escolas que trabalho que já era desenvolvido na época. Agora, com orgulho, posso dizer que a outra escola também aderiu ao projeto no início de 2017, onde são dedicados 20 minutos diários exclusivamente à leitura em cada turno.
Quero destacar aqui que a escola, além da família, também tem papel fundamental no incentivo à leitura, uma vez que a realidade brasileira, quando nos referimos à leitura, nos mostra que o acesso de grande parte da população aos livros é muito restrito.
Esse incentivo das duas escolas à leitura não se deu apenas em relação aos alunos. Eu, professora, me sinto um fruto sendo colhido deste projeto. Eu que reservava tempo para leitura de livros apenas nos períodos de férias ou recesso escolar, agora tenho sempre um livro em andamento e estou investindo inclusive na compra de alguns e entrando na fila da biblioteca para a leitura de outros. Como eu gostaria de ter participado de um projeto destes na época em que eu era aluna do Ensino Fundamental.



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AULA MAGNA - UFRGS
A UTILIDADE DOS SABERES INÚTEIS – NÚCCIO ORDINE

Revisando a postagem sobre a aula magna da UFRGS em março de 2016 na qual Núccio Ordine fala sobre “A UTILIDADE DOS SABERES INÚTEIS”, vejo que muitas coisas que destaquei fazem parte do papel de uma escola, como, por exemplo, o seguinte trecho: “A maioria dos alunos confessa que entra na escola para conquistar um diploma. Nuccio Ordine coloca que o objetivo da escola e da universidade é fazer com que nossos alunos compreendam que não entramos numa escola para conseguir um diploma e que não se frequenta a universidade para conseguir um título, mas sim, para se tornar uma pessoa melhor, para se tornar uma pessoa crítica, para se tornar homens e mulheres livres e capazes de pensar com autonomia”.
Pensando desta forma, agora, quase na etapa final do curso de Pedagogia, percebo o quanto me transformei de forma pessoal, mas, acima de tudo, profissionalmente com tudo que experimentamos e vivenciamos ao longo desta graduação. Ter a oportunidade de estudar para a melhoria da prática pedagógica é um esforço que trará benefícios aos sujeitos mais importante desse processo: meus alunos. Sem eles, meu trabalho é insignificante.
O que eu fiz foi investir da educação. E, como disse Núccio Ordine na aula magna, “investir na educação e na cultura significa educar os jovens para a justiça, para a solidariedade, para a tolerância, para a recusa da corrupção, para a democracia, com o objetivo de aperfeiçoar não somente o crescimento cultural do país, mas também o seu crescimento econômico. Corrupção é combatida parcialmente com boas leis e, especialmente, com uma boa escola e com uma boa universidade, formando estudantes capazes de amar o bem comum e de se opor a lógica de obter o lucro em si mesmo e do egoísmo”.

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terça-feira, 11 de dezembro de 2018


O DESEJO DE SABER

Lendo a postagem do meu blog intitulada “O desejo de saber, a transferência e contratransferência e suas repercussões na sala de aula, um trecho desta postagem me fez lembrar do aluno que citei no meu projeto de estágio e que está oscilando entre o nível silábico e silábico-alfabético da escrita, de acordo com Emília Ferreiro.
Na postagem escrevi “O aluno tem o desejo de saber quando seu professor conquistou uma importância especial. Através dessa importância conquistada o professor tem poder sobre o aluno.[...] A transferência permeia qualquer relação humana. Acontece quando o desejo de saber do aluno se volta para o professor e a ele atribui um sentido especial”.
Esse aluno no início do estágio (não sou a professora titular da turma) ficava isolado, demonstrava certa falta de vontade em realizar as tarefas, perguntava a todo momento para ir ao banheiro (para mim esta última atitude era uma forma de driblar a aula). Com o passar dos dias e minhas infinitas tentativas, ele desenvolveu confiança comigo e começou a demonstrar motivação em realizar tarefas, principalmente nas tentativas de escrever, pedindo que eu ficasse do seu lado, questionava quando tinha dúvidas.
Ele me surpreendeu esta semana quando, depois de 3 semanas do final do meu estágio, veio me entregar um lindo cartão que ele mesmo confeccionou em casa.
A contratransferência é a resposta emocional do professor aos estímulos provenientes do aluno. A minha contratransferência: tem como não amar?



Postagem revisitada:


QUANDO AS CRIANÇAS AINDA NÃO SABEM LER

Ao revisitar meu blog, encontrei a postagem que fala sobre as crianças que ainda não sabem ler. Mas esse “não saber ler” se refere à língua escrita por meio de códigos que chamamos de letras, pois, como diz Paulo Freire, a leitura de mundo precede a leitura da palavra. Por isso, é importante inseri-las em práticas sociais que envolvam a leitura mesmo antes da aquisição desta habilidade. Oferecendo desafios e diversas práticas de leitura e escrita estamos auxiliando as crianças a obterem êxito no processo de alfabetização.
Na escola onde fiz o meu estágio, todos os dias, cada turno dedica 20 minutos exclusivamente à leitura. De manhã, que era o turno do meu estágio, a leitura acontece das 8 às 8:20. Depois de alguns dias de estágio, usava um tempinho desse período para ler às crianças alguma história dos livros que estavam disponíveis a elas na sala de aula. Interessante é que esta simples prática de contar histórias incentiva as crianças a fazerem leitura, porque, depois da contação, todos queriam ler o livro da história que a profe contou.

Postagem revisitada:

https://blogpaulamarchesini.blogspot.com/2015/11/quandoas-criancas-ainda-nao-sabem-ler.html

quinta-feira, 4 de outubro de 2018


RASPADINHA DE PALAVRAS

Na semana da árvore confeccionei esta raspadinha de palavras para trabalhar com os alunos do estágio, uma turma de 2º ano. Cada aluno retirou uma maçã, raspou para descobrir a palavra e fez a leitura silenciosa. Depois, cada aluno deveria dizer dicas aos colegas para que eles adivinhassem a palavra e a registrassem em seu caderno. Além de trabalhar a leitura de forma lúdica e divertida, esta atividade possibilitou trabalhar a oralidade dos alunos e a escrita.

 

 

AULA PRÁTICA

Já que estamos trabalhando com as plantas no 2º ano do Ensino médio, fizemos uma aula prática a qual chamamos de “anatomia de uma flor” para identificação das partes.  As flores são estruturas reprodutoras das angiospermas.


 

 

 

 

 

 


ESTÁGIO

          É tão gratificante chegar de manhã na sala de aula e ser recebida com um recadinho destes. São momentos como este que fazem a profissão valer a pena! Saber que um aluno dedicou um tempinho de seu tempo em casa para escrever comentários a respeito do trabalho que você vem desenvolvendo não tem preço. Espero plantar uma sementinha que germinará produzindo bons frutos em cada uma destas crianças!


domingo, 2 de setembro de 2018


E VAMOS PARA O ESTÁGIO!

Hoje concluí o planejamento da primeira semana de estágio, já que pretendo iniciar dia 10. Além disso, criei o espaço no Pbworks para a postagem das aulas e informações a respeito da escola.
Outro dia em uma palestra, a palestrante disse uma frase que, durante meu planejamento, me fez refletir bastante: “Educação é um ato político porque estamos sempre tomando decisões”. Assim eu me senti durante meu planejamento, pensando e planejando uma melhor organização da aula, qual atividade preciso desenvolver de acordo com aquele conteúdo, como posso ligar uma atividade à outra e tantas outras coisas.
Mas que a minha tomada de decisão possa fazer a diferença na vida de meus alunos durante este estágio.

sábado, 25 de agosto de 2018


AULA PRÁTICA QUE TERMINA EM LANCHE

O primeiro ano do ensino médio do turno da noite da escola estadual onde trabalho  é, para mim, um grande desafio. São alunos oriundos de diversas escolas, muitos repetentes, quase todos trabalham no período diurno. Às vezes fica difícil trabalhar conteúdos complexos da disciplina de Biologia de uma forma que eles compreendam se sintam interessados.
Pensando nisso, resolvi fazer uma atividade muito diferente, a qual eu nunca havia feito antes. Para entender um pouco sobre o processo de fermentação realizada pelos seres vivos, usamos como exemplo o fermento de pão, composto de seres vivos que são fungos microscópicos, chamados leveduras.
Quem botou a mão na massa foram os alunos. Instruída pela minha mãe a preparar a massa, fui orientando o processo. Colocamos primeiro o fermento com água morna e açúcar. O açúcar serve de alimento para o fungo e a água morna ajuda a ativar o processo.
Depois colocamos os outros ingredientes: um pouco de azeite, sal e farinha. Enquanto os alunos botavam a mão na massa, fomos conversando sobre o processo de fermentação, que precisa de glicose(açúcar) e, durante o processo, libera gás carbônico e álcool. O gás carbônico é o responsável pelo crescimento da massa. O álcool evapora durante o processo de cozimento, por isso não ficamos bêbados quando comemos pão.
A massa foi sovada e transformada em um boneco pelos alunos e, em seguida, foi levado para assar na cozinha da escola.
Enquanto o boneco assava, os alunos fizeram o relatório da atividade por meio de questionamentos como:
- Listar os ingredientes utilizados.
- Porque adicionamos água morna e açúcar à mistura inicial?
- Qual o gás liberado durante o processo e que é o responsável pelo crescimento da massa?
- Se durante o processo de fermentação é produzido álcool, porque não ficamos bêbados quando comemos pão?

Negociei com a professora do último período da noite para a degustação do pão, já que meus períodos eram os primeiros. Os alunos amaram tanto a atividade que me procuravam nas outras salas para dizer: “Profe, o boneco está engordando”, ou “profe, está ficando lindo, quando vamos comer? ”. Me encantei quando a vice-diretora os questionou sobre o que fizemos e eles souberam explicar direitinho, tal e qual o relatório. Fiquei muito feliz com o resultado.






E LÁ VAMOS NÓS!

Vamos a mais um semestre! Agora me sinto um pouco ansiosa em razão do estágio, mas estou feliz por ter chegado até aqui e ter aprendido tanto! Quero aplicar muitos destes conhecimentos aprendidos desde o início do curso no meu estágio. Que eu possa sempre encantar meus alunos com tudo o que tenho a ensinar.

“Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino”. Paulo Freire


Fonte da imagem: <http://wikiclipart.com/social-studies-clipart_23000/> Acesso em 25/08/2018

domingo, 3 de junho de 2018

POR QUE O TEMAS GERADORES SÃO IMPORTANTES?

      Para Paulo Freire, precisamos levar o aluno a compreender o mundo, ou seja, conscientizá-lo através de uma aula que desenvolva sua criticidade e que desperte sua inquietação. Ainda, segundo ele, uma educação bancária mata a criatividade dos alunos, o espírito investigador e a curiosidade. Em uma educação libertadora, o papel do professor é levar os alunos a conhecer conteúdos, mas não como verdade absoluta. Além disso, Freire defende a ideia de que professor e aluno aprendem juntos mediados pelo mundo e que os alunos chegam à escola trazendo uma cultura que, de forma afetiva e democrática, em sala de aula, professor e aluno aprenderão juntos. De acordo com o método de alfabetização de adultos que leva seu nome, mas que pode ser transportado para outras modalidades de ensino, Freire propõe a valorização da cultura dos alunos de modo que, dessa cultura sejam extraídas palavras-chave ou palavras geradoras cheias de significado, que partam da realidade, do cotidiano e das vivências dos alunos, sendo decodificadas para a aquisição da palavra escrita e da compreensão do mundo. Esse método de palavras-chave ou palavras geradoras é muito usado ainda em programas de alfabetização em diversos países.  Este método estrutura-se em três etapas: Investigação, onde professor e alunos buscam em conjunto palavras-chave e temas significativos do mundo em que estes vivem; tematização onde professor e alunos analisam os significados sociais das palavras, tomando consciência do mundo vivido; e problematização, onde o professor desafia e inspira seus alunos a construírem uma visão crítica, partindo para a transformação do contexto vivido. Os temas geradores referem-se a assuntos que partem do interesse do aluno. Por meio deles, o aluno é capaz de compreender melhor o contexto em que está inserido. É importante, em elação aos temas geradores, trabalhar muito com a oralidade, favorecendo o convívio e a troca entre as pessoas.


EJA NA PRÁTICA

Ao realizar o trabalho de campo na interdisciplina de EJA percebo que muitas coisas evidenciadas durante as leituras disponibilizadas se assemelham com o que ouvimos dos alunos durante a entrevista. Entre outras palavras, o desejo de ter uma vida melhor, a possibilidade de conquistar um emprego melhor, de fazer uma faculdade, de ser alguém na vida, de sentir-se possuidor do conhecimento que o estudo proporciona foram algumas das falas que ouvimos. Outras coisas em comum que pudemos detectar foram os motivos pelos quais precisaram abandonar os estudos na infância/adolescência: distancia da escola e necessidade de ajudar no sustento da família. Saber o que os alunos almejam ao retornar aos bancos escolares é fundamental para saber que papel a escola deve desempenhar em suas vidas. Nosso desejo é que a escola consiga abrir os horizontes destas pessoas e possa contribuir na construção de seus sonhos.

quinta-feira, 31 de maio de 2018


PAULO FREIRE SOBRE OS TEMAS GERADORES

Algumas considerações sobre o capítulo III do livro Pedagogia do Oprimido, de Paulo Freire.

A palavra que não tem ação e reflexão, portanto práxis, é uma palavra oca. Mas, se somente enfoca a ação, sem reflexão, trata-se de um ativismo e isto impossibilita o diálogo. É na palavra, no trabalho, na ação-reflexão que os homens se fazem, e esta ação é um direito de todos, por meio do diálogo, que é uma exigência existencial. E não há diálogo se não há um profundo amor ao mundo e aos homens. Amor é ato de coragem. Não há diálogo se não há humildade. Como posso dialogar se sempre percebo a ignorância no outro, nunca em mim? A autossuficiência é incompatível com o diálogo. Também não há diálogo se não existir fé nos homens e no seu poder de fazer e refazer. O diálogo com amor, humildade e fé gera confiança. Por isso que não existe confiança na concepção bancária da educação. Dizer uma coisa e fazer outra não gera confiança. Além disso, não há diálogo verdadeiro se não existe um pensar verdadeiro, um pensar crítico. Pensar crítico que transforme a realidade, mas o pensar crítico precisa do diálogo. Sem ele também não há comunicação, portanto não há educação. A educação bancária tem a característica de atuar sobre os homens como forma de dominá-los e adaptá-los. Quem a pratica são os dominadores. Na educação dialógica, o objetivo é libertar o povo e libertar-se com ele. Um programa que se constitui em uma “invasão cultural” não traz resultados positivos, mesmo que tenha a melhor das intenções. É a partir da realidade mediatizadora que se buscará o conteúdo programático da educação. É essa busca que permite o diálogo da educação como prática da liberdade e é também o que chamamos “temas geradores”.  


Fonte da imagem: <https://www.paulofreire.org/noticias/435-livro-de-paulo-freire-%C3%A9-o-%C3%BAnico-brasileiro-em-top-100-de-universidades-de-l%C3%ADngua-inglesa> Acesso em 31/05/2018

sábado, 12 de maio de 2018


ATIVIDADES QUE AUXILIAM NO DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM

Assistindo ao vídeo “LINGUAGEM ORAL E ESCRITA: ATIVIDADE DE LINGUAGEM ORAL ” proposto na interdisciplina de Linguagem e Educação eu pude (re)aprender muitas atividades importantes para auxiliar as crianças no desenvolvimento da linguagem.
Dos 18 meses aos 3 anos é importante escutar as crianças e dar atenção e sentido as falas delas, responder suas interrogações. Um excelente recurso são as rodas de conversa, com espaço físico delimitado e com a professora também sentada no chão junto as crianças. A duração da roda depende do interesse da criança. Brincadeiras como ovo-choco, passa anel, descobrir a surpresa podem ser desenvolvidas na roda. O professor deve estimular as crianças a falarem sobre diversos assuntos. Além da roda de conversa para auxiliar as crianças no desenvolvimento da linguagem o professor pode mostrar gravuras com objetos variados e pedir para a criança identificar dizendo o nome. Pode também mostrar 3 a 4 gravuras em sequência e construir uma história oral, que pode ser anotada pela professora para posteriormente ler às crianças. Contar histórias é muito importante e, após a contação, explore-a por meio de perguntas que estimulem o recontar. Ofereça diversos tipos de canções para as crianças escutarem, além e pequenos poemas. Deixe as crianças desenharem livremente e peça para que falem sobre seus desenhos. O professor pode registrar o relato da criança sobre o desenho. Dê incentivo as atividades de faz-de-conta, oportunize aos seus alunos atividades de dramatização com fantasias ou fantoches.
Dos 3 aos seis anos as rodas de conversa também são um importante recurso para auxiliar as crianças no desenvolvimento da linguagem. Elas podem ser utilizadas para planejar rotinas, estabelecer combinados, levantar ideias sobre projetos a serem desenvolvidos, construir textos coletivos, propor trabalhos específicos. Pode-se organizar as rodas para falar livremente ou rodas dirigidas. Outro recurso importante é a leitura diária de livros infantis, de todos os tipos que as crianças gostam e de assuntos variados, pois favorece o raciocínio, o aumento do vocabulário, a compreensão de situações do cotidiano e contribui para fazer da criança um bom leitor. Além disso, estimule a recontagem de histórias de forma oral ou escrita, proponha atividades de narrativa começando por jogos de perguntas e respostas. As crianças gostam muito de entrevistar pessoas, então o professor pode  organizar um momento de entrevista com alguém da escola, do bairro, um profissional para obter informações sobre um determinado assunto. Organize com seus alunos debates sobre assuntos polêmicos, apresentações orais de textos memorizados, poesias, parlendas, histórias, atividades de dramatização de histórias até situações do dia-a-dia, como um mercadinho, um consultório médico ou programas de TV.
Temos enfim diversas e interessantes sugestões de atividades que auxiliam a criança no desenvolvimento da linguagem que podem assumir modalidades variadas de acordo com a clientela, os objetivos, os recursos.


Link do vídeo: <https://www.youtube.com/watch?v=EAUrfZoEM7Y> Acesso em 12 de maio de 2018


Fonte da imagem: <http://tatiana-alfabetizacao.blogspot.com.br/2014/03/a-hora-da-roda.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed:+OMundoDaAlfabetizao+(O+Mundo+da+Alfabetiza%C3%A7%C3%A3o)> Acesso em 12 de maio de 2018. 

AULA PRÁTICA: EXTRAÇÃO DO DNA DO MORANGO E DA SALIVA

Realizei com os meus alunos das três turmas do 3º ano do ensino médio a aula prática de extração do DNA do morango e da saliva. Confesso que às vezes deixamos de lado estas atividades tão significativas porque queremos “dar conta do conteúdo” antes que o ano termine. Se tem uma coisa que o curso de Pedagogia tem me ensinado é a importância da atividade prática em sala de aula, do quanto os alunos se envolvem. Foi muito bom chegar na sala da turma do 3º ano da noite e ouvir deles a seguinte frase quando anunciei que iríamos ao laboratório: “ah bom profe, pensamos que você não fosse fazer esta atividade com a gente”. Falaram isso porque eu havia postado as fotos do experimento com as turmas do turno da manhã em minha página no Facebook e estavam na expectativa. Além de saber sobre a importância deste tipo de atividade, melhor ainda foi ler os comentários sobre o experimento no relatório, que podem ser conferidos nas imagens abaixo.