sábado, 6 de abril de 2019


E SOBRE PROJETOS...

Relendo a postagem sobre “Projeto pedagógico em ação”, postada em 05 de abril de 2017, lembrei que neste semestre aplicamos esta metodologia em sala de aula. Como mencionei, os projetos de aprendizagem promovem a interdisciplinaridade e, de acordo com as ideias de Jean Piaget e Vygostsky sobre a aprendizagem construtivista sócio-interacionista, o foco do trabalho baseia-se na aprendizagem a partir da interação.
Eu e minha colega Ivana aplicamos esta metodologia em uma turma de 2º ano do Ensino Médio e os assuntos de interesse dos alunos, dentre outros, baseavam-se em saber o que era o buraco negro, o que acontece com um corpo após a morte, o corpo humano por dentro, o funcionamento do coração. Nós, professoras, apenas mediamos esse processo investigativo e ficamos surpresas com os resultados durante as apresentações. A forma de apresentar foi escolhida pelos alunos. Um dos grupos, ao final da apresentação, organizou a brincadeira “torta na cara” com perguntas sobre o trabalho apresentado. O envolvimento foi tão grande que os alunos se organizaram para fazer uma confraternização no final das apresentações. Quero destacar aqui a colaboração da escola em organizar a rotina de maneira que eu e a profe Ivana pudéssemos estar juntas durante toda a manhã com a turma.
Como não estão acostumados com essa metodologia, os alunos sentem certa dificuldade em ir em busca das suas dúvidas sem que o assunto tenha sido trazido pelo professor. Isso mostra o quanto ainda estamos carentes (e eu me encaixo nisso) deste tipo de metodologia nas nossas escolas.
Com isso, quero destacar que este ano, nas escolas municipais da minha cidade, estamos recebendo muitas formações a respeito da metodologia de projetos e a interdisciplinaridade, os quais estamos, em etapas, organizando nas escolas nos momentos de planejamento. Uma característica interessante é a organização das “trilhas de aprendizagem”, cuja prévia da escola como um todo já está organizada, mas será alimentada no decorrer do ano com os trabalhos que vem sendo realizados nas turmas. Além disso, cada turma terá uma trilha de aprendizagem na sala de aula para alimentar conforme o projeto vem sendo desenvolvido.
O curso me mostrou a importância da aprendizagem por projetos e do quanto os alunos se envolvem neste tipo de atividade, principalmente, no caso da nossa escola, porque uma parte dele será apresentada na Mostra de Trabalhos da escola que acontece em julho e que recebe a visita da comunidade escolar e de outras escolas do município.



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domingo, 16 de dezembro de 2018

BRINCANDO E APRENDENDO COM A MATEMÁTICA

Durante o meu estágio realizei algumas atividades lúdicas envolvendo a matemática: exploração dos blocos lógicos, composição de números utilizando o material dourado manipulável, construção de gráfico a partir de uma situação concreta envolvendo uma eleição simulada, jogo Faça 10, cabo-de-guerra, multiplicação dos ingredientes da receita de massinha de modelar, já que queríamos fazer 5 receitas.
Estas foram atividades nas quais os alunos mais se envolveram. Um aluno a turma tem muita dificuldade na fala e, por consequência, na escrita. Então ele demanda de um tempo muito maior para concluir as atividades que exigem escrita. Mas, quando envolve operações, principalmente orais, ele é o primeiro a dar respostas. Atividades matemáticas em fichas, ele também se sobressai. Um dia eu comentei com ele: hoje você foi o primeiro a concluir a atividade; quero ver mais vezes isso acontecer. Ele me respondeu: mas é que eu gosto de matemática.
O jogo cabo-de-guerra foi uma atividade da semana da criança. Eles aprenderam a jogar na escola e, depois, cada um levou um jogo para casa para jogar com as suas famílias. Estas são formas divertidas de se aprender matemática.
  


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https://blogpaulamarchesini.blogspot.com/2016/10/experienciapessoal-envolvendo.html

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O JOGO

É importante permanecer na aprendizagem a dúvida, a inquietação e o prazer para que a aula não se torne um local de desinteresse. É por meio do jogo que expressam as angústias, se busca satisfação e se entra em contato com os outros. Brincar desenvolve a tolerância e a frustração. Muitas vezes nos queixamos de que as crianças não sabem trabalhar em grupo. Mas, como vão aprender a trabalhar em grupo se nunca oportunizamos estes momentos? “Trabalha-se em grupo para se aprender a jogar em grupo. Joga-se para se aprender a jogar”.
Várias destas ideias citadas acima observei ao aplicar o jogo Faça 10 com a turma do meu estágio. Brincar desenvolve a tolerância e a frustração: isso observei em uma menina, que não queria mais jogar porque não tinha ganho o maior número de pontos na primeira jogada. Eu havia impresso uma ficha onde os alunos anotavam os pontos de cada componente do grupo em cada rodada do jogo. Então foi a hora de fazer minha interferência: expliquei que estávamos jogando para aprender e não para ganhar sempre, que nem sempre na vida podemos ter tudo o que queremos, que precisamos respeitar o momento do outro e entender que, por eu não ser único no mundo, há dias mais fáceis e dias mais difíceis, assim como no jogo. Depois dessa minha fala, abracei a menina e ela sentiu-se confiante para voltar a jogar.
O que eu percebi com isso? O jogo, além de estimular as operações mentais, ajuda a criança a se desenvolver como pessoa, a ser mais tolerante e saber lidar com as frustrações.



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MEMÓRIA VISUAL

Desenvolver a memória é um aspecto importante para a aprendizagem. A memória visual é a capacidade de reter e lembrar de estímulos visuais observados. Por meio desta habilidade a criança consegue, por exemplo, memorizar as letras que formam uma palavra possibilitando que a reconheça quando a ver novamente, conseguindo fazer, com esta palavra, associações e relações.
Pensando nisso, resolvi aplicar uma atividade diferente para que os alunos do ensino médio pudessem relembrar o momento e recordar das estruturas celulares. Usando o aplicativo Quiver Vision e o desenho de uma célula disponibilizado pelo próprio aplicativo, cada aluno coloriu o seu desenho que, com a câmera do celular, foi possível verifica-lo em um formato 3D e, além disso, interagir com a imagem. Os alunos amaram a atividade.


 



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A CASA E O SEU DONO
Elias José

Fazendo a postagem sobre a poesia no Brasil, a tutora me questionou de que forma eu utilizo deste gênero em sala de aula. Fizemos um planejamento para a interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação e eu escolhi trabalhar o poema “A casa e o seu dono”, de Elias José. A atividade foi aplicada a uma turma de pré-escola, nível B.
Na oportunidade contei as crianças a histórias usando imagens dos animais com suas respectivas casas. As crianças achavam graça das rimas e uma única vez foi suficiente para que eles gravassem o poema e o recontassem direitinho apenas observando as imagens. Como tarefinha de casa, cada criança inventou um tipo de casa que rimasse com seu nome, com ajuda de suas famílias. Os trabalhos ficaram maravilhosos.
Vale destacar que a poesia é um excelente recurso para trabalhar a oralidade e é uma maneira lúdica de expandir o universo da criança.


 

  

 




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BRINCAR...

Brincar é coisa séria. Brincar pode se referir a um jogo, uma brincadeira de roda, a prática de um esporte, uma brincadeira individual em que a criança está representando cenas de adultos ou cenas do dia-a-dia com brinquedos como bonecas, carrinhos, panelinhas, sucatas, entre outros, e é uma forma simbólica de expressar nossos desejos, assim como o sonho e a fantasia.
Piaget, na teoria do construtivismo, estuda a forma como construímos conhecimento, como criamos estruturas mentais enquanto nos desenvolvemos para compreendermos o mundo à nossa volta e que brincar e jogar relacionam-se com a construção dessas estruturas mentais.
            Na turma do meu estágio, procurei organizar momentos de brincadeira, mesmo sem prever no planejamento. Os alunos pediam para brincar de morto-vivo, com os legos, ou com o jogo academia de ginástica cerebral para crianças. Em algum momento da aula, encaixávamos por uma parte do tempo alguma destas brincadeiras, que acabavam por promover a integração da turma e o momento em que as crianças se expressavam. Também organizei momentos com atividades planejadas que envolviam as crianças em brincadeiras como o jogo do bingo, cabo-de-guerra, Boole, entre outros.

Imagem do jogo Faça 10

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quinta-feira, 13 de dezembro de 2018


E FALANDO DE LEITURA ...

No Domingão, o Faustão sempre se refere à leitura como “alongamento para o cérebro”. Em 2016 fiz uma postagem falando sobre a importância da leitura citando alguns trechos da fala de Emília Ferreiro durante entrevista à Revista Nova Escola. Nesta entrevista, ela coloca que ler em voz alta para uma criança, demonstrando afeto pelo livro, desperta a sua curiosidade em querer saber e compreender aquilo que ainda não consegue. Desta forma estamos introduzindo a criança na cultura escrita.
Também citei o projeto de leitura em uma das escolas que trabalho que já era desenvolvido na época. Agora, com orgulho, posso dizer que a outra escola também aderiu ao projeto no início de 2017, onde são dedicados 20 minutos diários exclusivamente à leitura em cada turno.
Quero destacar aqui que a escola, além da família, também tem papel fundamental no incentivo à leitura, uma vez que a realidade brasileira, quando nos referimos à leitura, nos mostra que o acesso de grande parte da população aos livros é muito restrito.
Esse incentivo das duas escolas à leitura não se deu apenas em relação aos alunos. Eu, professora, me sinto um fruto sendo colhido deste projeto. Eu que reservava tempo para leitura de livros apenas nos períodos de férias ou recesso escolar, agora tenho sempre um livro em andamento e estou investindo inclusive na compra de alguns e entrando na fila da biblioteca para a leitura de outros. Como eu gostaria de ter participado de um projeto destes na época em que eu era aluna do Ensino Fundamental.



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